Nós temos a tendência de pensar na mente como “aqui dentro” e no mundo como “lá fora”, a mente como subjetiva e o mundo, o corpo, como objetivo. Buda ensinou que mente e objeto da mente não existem separadamente, eles interexistem. Sem este, o outro não pode ser. Não há observador sem o observado. Objeto e sujeito se manifestam juntos.
Thich Nhat Hanh
do livro "Buddha Mind, Buddha Body: Walking toward Enlightenment
O mais importante talvez seja que a física quântica apagou a distinção cartesiana rígida entre sujeito e objeto, observador e observado, que dominou a ciência por quatrocentos anos. E isso também é o mais perturbador... Na física quântica, o observador influencia o objeto observado. Não há os observadores isolados de um universo mecânico; tudo participa do Universo.
Se a ciência e o espírito buscam a natureza da realidade ilimitada, então em algum momento seus caminhos precisam se cruzar. As escrituras sagradas mais antigas que conhecemos, os Vedas, descrevem o mundo como "maya"/ilusão . A física quântica afirma que a realidade não é o que vemos; na melhor das hipóteses, ela é praticamente vazia, ondas de nada insubstancial.
Os budistas falam da "origem interdependente" de tudo. Na física existe a teoria do Emaranhamento, segundo a qual todas as partículas estão conectadas, e assim estiveram desde o Big Bang, onde elas se emaranhavam pela primeira vez. - E daí surge a inevitável pergunta: se o Big Bang é a origem do Universo, o Que ou Quem provocou o Big Bang? Se há o "Todo Emaranhado", tem que haver também um agente Causador/Mantenedor do Emaranhamento, que precisaria ser muito parecido com o que as religiões denominam Deus...
texto parcialmente extraído do blog "A Arte das Artes"
Um comentário:
Muito legal. Realmente, os métodos mudam, os caminhos mudam, mas todos chegam a um mesmo lugar.
Bjs
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