sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Receita de bem viver


Monsieur Binot
(Joyce)

Olha aí, monsieur Binot
Aprendi tudo o que você me ensinou
Respirar bem fundo e devagar
Que a energia está no ar

Olha aí, meu professor,
Também no ar é que a gente encontra o som
E num som se pode viajar
E aproveitar tudo o que é bom

Bom é não fumar
Beber só pelo paladar
Comer de tudo que for bem natural
E só fazer muito amor
Que amor não faz mal

Então, olha aí, monsieur Binot
Melhor ainda é o barato interior
O que dá maior satisfação
É a cabeça da gente, a plenitude da mente
A claridade da razão
E o resto nunca se espera
O resto é próxima esfera
O resto é outra encarnação!!!


Essa música acompanhou minha adolescência, nem lembro direito de quando é, mas sempre me inspirou. Se quiser ouvir....enjoy!!
http://br.youtube.com/watch?v=HKwMLuVjDZE








Just for today


Just for today, do not worry.

Just for today, do not anger.

Honor your parents, teachers, and olders.

Earn your living honestly.

Show gratitude to everything.


Dr. Mikao Usui


nota: Tenho recebido muitas mensagens sábias de Amit Agarwal, de New Delhi, India, meu "iPeace friend". Hoje transcrevo uma delas.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Arte é sabedoria. Sabedoria é arte

Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Alberto Caeiro

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Karma Yoga - A ação correta



O Karma Yoga é muitas vezes ensinado e entendido como o exercício da ação sem expectativas ou a ação desinteressada. O Swami Dayananda ensina que não é possível praticar uma ação sem esperar um resultado. A negação desta verdade representa a não compreensão e não aceitação da natureza humana.

Uma vez que percebemos que a "inação na ação" não é não esperar um resultado, mas sim aceitar que não podemos mudar um resultado e aceitá-lo em santosha (contentamento), ou seja, agir sem apego ao resultado, agir com desapego; então compreendemos o ensinamento do Karma Yoga.

A expressão Karma Yoga é composto de duas palavras, Karma e Yoga. A palavra karma, nesse contexto, significa ação apropriada. A palavra yoga, aqui, significa atitude correta. Assim, a ação correta e a atitude correta em relação aos frutos da ação formam o Karma Yoga.


Miguel Homem (artigo extraído do site Dharmabindu)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pessoas do bem


Causa e efeito 2

As feridas que causamos e
as feridas que sofremos
raramente
são pesadas na mesma balança
(Esopo)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Causa e efeito


and in the end all the love you take
is equal all the love you make

(The Beatles)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Paz a cada passo

A Mente Desperta Tem Que Ser Engajada


Quando eu vivia no Vietnã, muitas das nossas aldeias foram bombardeadas. Em conjunto com meus irmãos e irmãs monásticos, tive que decidir o que fazer. Deveríamos continuar nossas práticas nos mosteiros ou deveríamos sair dos templos de meditação para ajudar as pessoas que sofriam com as bombas? Após uma reflexão cuidadosa, resolvemos fazer as duas coisas: sair para ajudar as pessoas e fazer isso com a plena consciência. Chamamos essa prática de budismo engajado. A plena consciência tem que ser engajada. Se existe a visão, tem que existir a ação. Do contrário, de que valeria a visão?
Devemos estar alertas para os verdadeiros problemas do mundo. Assim, com plena consciência, saberemos o que fazer e o que não fazer para ajudar. Se nos mantivermos cientes da nossa respiração e continuarmos a praticar o sorriso, mesmo em situações difíceis, muitas pessoas, animais e plantas irão se beneficiar da nossa forma de agir. Você massageia a Mãe Terra cada vez que o seu pé a toca? você costuma plantar sementes de alegria e paz? Eu tento fazer exatamente isso a cada passo, e sei que a Mãe Terra aprecia imensamente. A paz a cada passo. Vamos continuar nossa jornada?



Thich Nhat Hanh

domingo, 16 de novembro de 2008

Aparigraha (desapego)


Somente o necessário


Eu uso o necessário

Somente o necessário

O extraordinário é demais

Eu digo o necessário

Somente o necessário

Por isso é que essa vida eu vivo em paz...



Trecho inicial da canção Somente o Necessário, do desenho animado
Mogli, da Disney, baseado no The Jungle Book de Rudyard Kipling.

sábado, 15 de novembro de 2008

Dança cósmica


"Creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão... Ver girar essas pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que me arrancam lágrimas e canções... Eu só poderia acreditar em um Deus que soubesse dançar... E quando vi meu demônio, pareceu-me sério, grave, profundo, solene... Era o espírito da gravidade, ele é que faz cair todas as coisas... Não é com ira, mas com riso que se mata...Coragem! Vamos matar o espírito da gravidade! Eu aprendi a andar... Desde então, passei por mim a correr... Eu aprendi a voar... Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar... Agora sou leve, agora vôo, agora vejo por baixo de mim mesmo, agora um Deus dança em mim!"

Nietzsche

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Hoje tem.....




Mãos e pés à obra!!

Conecte os dedos das mãos e
dos pés e seja mais saudável!

É animador saber que tudo o que precisamos para nos harmonizar com o universo está conosco o tempo todo: os dedos das mãos e dos pés! Quando o japonês Jiro Murai soube que estava com uma doença incurável, ele se retirou para a casa da família, nas montanhas. Lá, ele jejuou, meditou e praticou várias posições.
Cada um dos nossos dedos pode regular mais de 14.000 funções de energia do corpo. Murai aprendeu que dobrando, esticando e envolvendo os dedos de vários modos podemos criar até 680 posições diferentes. Por isso, uma vez conhecendo estas posições, conseguimos enviar energia para qualquer parte do nosso Ser. Da mesma forma, curadores antigos acreditam que as mãos e os pés estejam ligados energeticamente. O fluxo abaixo traz esta prática e é muito fácil de ser aplicado por você em qualquer pessoa ou vice-versa. Bastam 2 minutos em cada posição. Depois, inverta os pés e mãos e repita os passos.

1. Segure o POLEGAR da mão direita e o MINDINHO do pé esquerdo. Esta posição libera tensão nas costas, melhora a digestão, eliminação, estresse mental e funções reprodutoras. Bom para equilíbrio, respiração, coração e sistema nervoso. Reduz febre, cansaço, insegurança, inchaço e peso.

2. Segure o INDICADOR da mão direita e o ANULAR do pé esquerdo. Esta posição melhora dentes e gengivas, inclusive em bebês. Favorece a circulação. Reduz medo, depressão, carência e negatividade. Reduz retenção de líquidos e gases. Revigora as costas e o sistema respiratório. Bom para constipação, dor de ouvido e bursite.

3. Segure o MÉDIO da mão direita e o MÉDIO do pé esquerdo. Esta posição harmoniza os sistemas respiratório e digestivo. Promove a produção saudável de leite materno e alivia a tensão e estresse dos joelhos. Derrete raiva, perturbação, enxaqueca, tensão nos olhos, fala, audição e hiperatividade. Ajuda a engolir.

4. Segure o ANULAR da mão direita e o INDICADOR do pé esquerdo da outra pessoa. Esta posição libera a tensão no peito, recupera a alegria e purifica a mente. Regula as emoções, não deixa ser vítima dos pensamentos e desejos, dissolve lamúrias, confusões e problemas de pele. Suavizam os olhos e revigoram a energia.

5. Segure o MINDINHO da mão direita e o DEDÃO do pé esquerdo da outra pessoa. Esta posição harmoniza músculos, ossos, tornozelos e zumbido no ouvido. Devolve a alegria de viver e tira a sensação de fracasso. Ajuda a pensar com clareza. Bom para gagueira, sede constante, esforço, varizes, problemas urinários e vício em doces.

Conecte os dedos das mãos e dos pés e testemunhe a transformação que ocorre em você!


Texto extraído do livro "O Toque da Cura – Energizando o Corpo, a Mente e o Espírito com a Arte do Jin Shin Jyutsu©", de Alice Burmeister e Tom Monte (Editora Ground)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Aquiete- se

"Meditar consiste em aquietar o corpo e a mente, e em parar de prestar atenção ao mundo exterior, a fim de que possamos nos unir a Deus no silêncio de nosso santuário interior. A meditação atua favoravelmente no plano físico, relaxando o corpo; no plano mental, acalmando os pensamentos e as ansiedades; e no plano espiritual, renovando a energia vital e estimulando nossos atributos divinos. Isto nos permite levar uma existência mais útil, melhorar as relações com as pessoas que nos rodeiam e enfrentar com ânimo renovado as dificuldades que se apresentam. Ao dedicar a cada dia alguns momentos para liberar a mente das múltiplas preocupações que a assaltam, vamos recobrando a plena consciência de nossa essência divina. Podemos dizer que orar é dirigir-nos a Deus e falar com ele, enquanto que meditar significa escutar a Deus, deixando-nos instruir e guiar pela parte de nosso ser que se acha em constante comunhão com o Infinito."

Edgar Cayce



"Concentrando-se em uma forma, som ou luz, aprendemos a estar constantemente naquele estado de solitude interna e estarmos contentes em qualquer situação.
Aquela quietude, ou centro, é o que um verdadeiro buscador anseia, e isto é porque ele não se aborrece com o passado ou o futuro. Ele focaliza no aqui e agora. Isso é conhecido como recordação de Deus. Recordação de Deus só pode acontecer quando você deixa o passado e para de sonhar com o futuro. Então o pêndulo da mente deixa de balançar de um lado para outro; alcançando um ponto de quietude, e você passa a morar na quietude do momento presente."

Amma



"Mas seja qual for a força com que o ego tenta sabotar seu caminho espiritual, se você prossegue nele e trabalha profundamente com a prática da meditação, começará a perceber como tem sido enganado pelas promessas do ego: falsas esperanças e falsos medos. Devagar você começa a compreender que tanto a esperança quanto o medo são inimigos da sua paz de espírito; as esperanças o decepcionam, deixando-o vazio e desapontado, e os temores o paralisam na cela estreita da sua falsa identidade. Você começa a ver também como foi poderosa a influência do ego sobre sua mente, e no espaço de liberdade aberto pela meditação – em que você está momentaneamente livre da avidez – você vislumbra a estimulante amplitude da sua verdadeira natureza."

Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nada existe de fato


Não é extraordinário pensar que dos três tempos em que dividimos o tempo - o passado, o presente e o futuro -, o mais difícil, o mais inapreensível, seja o presente? O presente é tão incompreensível como o ponto, pois, se o imaginarmos em extensão, não existe; temos que imaginar que o presente aparente viria a ser um pouco o passado e um pouco o futuro. Ou seja, sentimos a passagem do tempo. Quando me refiro à passagem do tempo, falo de uma coisa que todos nós sentimos. Se falo do presente, pelo contrário, estarei falando de uma entidade abstrata. O presente não é um dado imediato da consciência.


Sentimo-nos deslizar pelo tempo, isto é, podemos pensar que passamos do futuro para o passado, ou do passado para o futuro, mas não há um momento em que possamos dizer ao tempo: «Detém-te! És tão belo...!», como dizia Goethe. O presente não se detém. Não poderíamos imaginar um presente puro; seria nulo. O presente contém sempre uma partícula de passado e uma partícula de futuro, e parece que isso é necessário ao tempo.


Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Tempo'.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O poder da intuição na ciência e espiritualidade


"(...) E a falsa idéia de que cientistas só trabalham com idéias racionais e matemáticas, está, aos poucos, caindo.

Einstein disse isso muito claramente: 'Não descobri a Teoria da Relatividade apenas com o pensamento racional'

(...) Agora, quase cem anos de pesquisas sobre criatividade estão mostrando que os cientistas também dependem da intuição. Eles também dependem de visões criativas para desenvolver sua ciência. Nem tudo é racional, matemático; nem tudo é pensamento racional (...) Este é o escopo fundamental para o ponto de encontro dos cientistas e espiritualistas. Porque os espiritualistas ouviram esse chamado, essa intuição, muito antes. Os cientistas também a ouviram. Mas por eles sempre expressarem suas percepções em termos de lógica, em termos de razão, isso ocorre mais tarde. Eles esquecem a origem de seu trabalho, a origem de sua percepção. Já para os espiritualistas, a percepção leva à transformação do modo de vida. Assim, eles nunca esquecem que foi a intuição que trouxe a felicidade, foi ela que os fez quem são. Essa é a diferença.

Cientistas usam a intuição para desenvolver sistemas que estão fora deles, o que chamo de criatividade externa. E isso torna-se uma camuflagem dos verdadeiros mecanismos do mundo para eles. Enquanto espiritualistas mantêm-se com a percepção, mudam suas vidas, e incidentalmente, mudam o mundo externo. Mas eles sabem que aquela percepção que tiveram é a coisa fundamental que gere o mundo. Para eles, a consciência é cósmica, isto é algo determinado. Para os cientistas, a mesma descoberta é possível, mas eles ignoram o chamado e prestam mais atenção ao que ocorre no cenário externo. Acho que, se todos nós compartilharmos isso, o mundo poderá mudar".

Amit Goswami, físico