segunda-feira, 27 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
"Caminhos do Yoga" ~ documentário
"O registro das imagens e o roteiro são fiéis à ideia original de revelar a Índia tal qual ela é: única para cada observador. Em CAMINHOS DO YOGA é possível ter a sensação de estar na Índia e presenciar seu caos 'organizado', suas cores, cheiros, crenças, contradições. Por meio de uma câmera subjetiva, o telespectador também 'se perde' entre a multidão e se reconhece nela. É possível se sentir em um ashram (centro de prática e estudo religioso), assimilar os valores do hinduísmo e receber a benção de um swami (mestre espiritual). Como uma das definições do yoga é 'estar presente no momento presente', o documentário propõe ao telespectador estar presente nesta verdadeira viagem aos CAMINHOS DO YOGA."
trechos extraídos do blog "Caminhos do Yoga - o documentário"
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Este e o outro lado
quarta-feira, 22 de julho de 2009
coincidência ?!?!?!?!
Por mais que sejamos conscientes nas nossas tentativas de causar o menor impacto possível nessa nossa Mãe Gaia, não dá pra imaginar que nossa passagem por aqui não piorará a situação da já caótica realidade no nosso planeta.
Criamos um modo de vida que consumimos e depois descartamos o que não mais nos serve.
Pensando um pouco maior, você já se deu conta que, em termos de Universo, não dá para "jogar fora" esse excedente, o que não mais queremos? E onde é o "fora" do Universo?
Quem seria o gênio que conseguiria (ou conseguirá, talvez) mudar tudo o que já existe e estabelecer outro tipo de conduta, outro tipo de ocupação, sem agressões ao Meio Ambiente?
Enquanto isso, ou melhor, tentando fazer a sua parte, muitas pessoas, grupos e entidades tem atuado nesse sentido, o de melhorar o lugar onde vivemos.
O título dessa postagem refere-se à "coincidência" porque outro dia recebi um comentário pedindo alguma dica sobre arquitetura "verde". E curiosamente, também recebi um email por esses dias falando sobre um curso de Design em Permacultura.
O contato: www.moradadafloresta.org
Sobre Permacultura e o curso:
"A Permacultura, baseada numa ética da terra, traz estímulos e soluções sociais gerados dentro das próprias comunidades. A sua filosofia e práticas simples, favorecem a reintegração do ser humano no seu meio ambiente de formas sustentáveis."
Peter Webb
"O PDC é uma imersão diferente na nossa relação com a natureza, trazendo-nos para a função de 'designers' (desenhadores) da sustentabilidade. Isso significa uma mudança de valores e de posturas e um redirecionamento vigoroso do 'desenho' de nossa sociedade. A permacultura, através, do PDC, nos abre esse caminho."
EcoFocus
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
"Há metafísica bastante em não pensar em nada"
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Alberto Caeiro