quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Is this the dawning of the Age of Aquarius?

Era de Aquário? Astronomicamente falando... não! Ao menos é o que me lembro dos meus remotos estudos de Astrologia e Astronomia.

Quando "entrar" de fato a Era de Aquário não estaremos mais nesse planeta. Mas as características arquetípicas do fim de uma era e começo de outra são sentidas como se houvesse uma mescla de suas influências, sob a visão da astrologia.

De qualquer maneira, no próximo 14 de fevereiro, haverá uma belíssima configuração planetária preconizada pela música "Aquarius", tema da montagem teatral "Hair" de 1969, cujo tema sobre igualdade, amor livre e outras "cositas mas" fizeram desta um grande sucesso.

Você já deve ter recebido vários emails (ou ao menos um) com as devidas explicações sobre cada característica de cada planeta e sua respectiva influência. E também um convite para mentalizações, orações,meditações, etc...

Faça tudo isso! Curta esse momento especial do Cosmos!!

Ah, e para entrar no clima, reveja essa cena do filme "Hair" , de Milos Forman. Essa coreografia, rodada no Central Park, NY, incorpora posturas de yoga e tai chi chuan, e é, a meu ver, realmente uma das mais bonitas e criativas do cinema.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Física Quântica & Espiritualidade

Nós temos a tendência de pensar na mente como “aqui dentro” e no mundo como “lá fora”, a mente como subjetiva e o mundo, o corpo, como objetivo. Buda ensinou que mente e objeto da mente não existem separadamente, eles interexistem. Sem este, o outro não pode ser. Não há observador sem o observado. Objeto e sujeito se manifestam juntos.


Thich Nhat Hanh
do livro "Buddha Mind, Buddha Body: Walking toward Enlightenment



O mais importante talvez seja que a física quântica apagou a distinção cartesiana rígida entre sujeito e objeto, observador e observado, que dominou a ciência por quatrocentos anos. E isso também é o mais perturbador... Na física quântica, o observador influencia o objeto observado. Não há os observadores isolados de um universo mecânico; tudo participa do Universo.

Se a ciência e o espírito buscam a natureza da realidade ilimitada, então em algum momento seus caminhos precisam se cruzar. As escrituras sagradas mais antigas que conhecemos, os Vedas, descrevem o mundo como "maya"/ilusão . A física quântica afirma que a realidade não é o que vemos; na melhor das hipóteses, ela é praticamente vazia, ondas de nada insubstancial.

Os budistas falam da "origem interdependente" de tudo. Na física existe a teoria do Emaranhamento, segundo a qual todas as partículas estão conectadas, e assim estiveram desde o Big Bang, onde elas se emaranhavam pela primeira vez. - E daí surge a inevitável pergunta: se o Big Bang é a origem do Universo, o Que ou Quem provocou o Big Bang? Se há o "Todo Emaranhado", tem que haver também um agente Causador/Mantenedor do Emaranhamento, que precisaria ser muito parecido com o que as religiões denominam Deus...


E agora? Ciência e espiritualidade finalmente darão as mãos?

Temos no Zen um koan (espécie de provérbio em forma de pergunta, feito aos estudantes para despertar a iluminação) muito conhecido: "Qual é o som de uma das mãos batendo palmas?" - Há um eco para isso numa pergunta da física que enlouquece os cientistas: "Como é possível uma partícula estar em dois lugares ao mesmo tempo?"...Profissionais mergulham em suas respectivas disciplinas, mas a história do progresso humano mostra que a evolução ocorre quando áreas progressivamente mais vastas de estudo são integradas. Como a espiritualidade e a ciência, por exemplo...

Fonte e bibliografia: Livro "Quem somos nós?", 2005 - William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente (Prestígio Editorial)



texto parcialmente extraído do blog "A Arte das Artes"

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Entrega e aceitação




Se, no mar, tentarmos evitar uma enorme onda que vem em nossa direção, ela nos jogará contra a areia, ao arrebentar, e se desfará. Mas, se a encararmos com a cabeça erguida e mergulharmos em sua direção, descobriremos apenas água.




Stephen Batchelor em Budismo sem crenças, A consciência do despertar, Editora Palas Athena, São Paulo, 2005

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Clarividência

A clarividência verdadeira significa que o corpo astral de alguém pode sair do físico e então "ver" em dimensões que não podem ser obtidas por quem se encontra no corpo físico.
A pessoa comum pode ver fisicamente apenas aquelas coisas que se encontram dentro do alcance de sua visão ocular; poderá olhar ao redor, em um aspecto, e ver cadeira, mesa, parede, mas aquilo que se encontra no aposento ao lado está fora de sua visão.
Na clarividência, podemos ver através da parede, como se esta não existisse ou, naquelas pessoas de capacidade menor, como se um nevoeiro cinzento e vago ali se encontrasse, em vez delas.
Quando se sai para o estágio astral, pode-se consultar o Registro Akáshico e ver qualquer incidente que tenha ocorrido, ou qualquer incidente que esteja ocorrendo. Podem-se também ver as probabilidades do futuro, isto é, pode-se ver que uma pessoa vai ter boa ou má sorte.
A clarividência pode ser aperfeiçoada, pois é um direito dos homens e mulheres, e antes que os mesmos se tornassem tão egoístas e utilizassem os poderes para sua própria vantagem pessoal, todos eram clarividentes.


T. Lobsang Rampa em "A Sabedoria dos Lamas"





sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Tu Tens um Medo




Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia
No amor.
Na tristeza
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.
Sê o que renuncia
Altamente:
Sem tristeza da tua renúncia!
Sem orgulho da tua renúncia!
Abre as tuas mãos sobre o infinito.
E não deixes ficar de ti
Nem esse último gesto!
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos
Humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...
... E tudo que era efêmero
se desfez.
E ficaste só tu, que é eterno.


Cecília Meireles



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sabedoria Zen



No que diz respeito à natureza de Buda, não existe diferença entre um homem iluminado e um ignorante. O que faz a diferença é que, enquanto um compreende isso, o outro o ignora.


Hui-neng / Daikan (637 - 713)