A tolerância poderia ser o primeiro passo em direção à compaixão. Trata-se de perdoar, de não guardar rancor. Trata-se de procurar compreender mais profundamente as motivações dos outros sem pagar o mal com o mal. A compaixão pode nascer sobre esta base. (...) Não penso que haja limites à nossa tolerância.
A via dos Bodhisattvas evolui em função da nossa capacidade. Até onde podemos ir? Se não nos arrependemos de dar um copo de água, damos um copo de água. Se não nos arrependemos de oferecer a nossa vida, podemos oferecê-la. Se tomarmos a tolerância como uma forma de paciência ela é sem limites. Convém, ainda assim, ter em consideração diversos fatores. Se fazemos um grande sacrifício para um resultado mínimo, é melhor desistir. Ao inverso, se o nosso sacrifício é muito útil aos outros não há que hesitar. Seja como for, não devemos tolerar as ações negativas sejam nossas, sejam dos outros.
Ringu Tulku
Ringu Tulku
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