sábado, 7 de agosto de 2010

Pai!

Nesse domingo, dia 8, comemoramos o Dia dos Pais.

Como são os nossos "pais", que importância eles tem em nossas vidas? Pensamos sempre na figura materna como algo acolhedor e na paterna com mais severidade e seriedade. Será que é mesmo assim, ou melhor, pense como seria possível existir um sem o outro.

O que nossos pais, arquetipicamente simbolizam para nós? Não seriam aqueles que estruturam, corrigem, aprumam, direcionam? Que nos mostram por onde devemos seguir quando fugimos do nosso caminho? Que seríamos de nós sem eles, nada além de figuras frágeis e sem consistência? Não são eles que estabelecem o equilíbrio em nossas vidas, o que queremos e o que podemos?

Penso em meu pai, como ele já era um "pãe" (pai + mãe) numa época, nos anos 1960, como são os pais de hoje, onde os arquétipos de pai e mãe estão presentes em ambos pais reais.

Penso nos valores que ele nos passou, no exemplo de conduta de vida. Quando meus irmãos e eu brigávamos, ele intervinha e apesar das nossas súplicas não dava razão para ninguém. Bastava brigar, segundo ele, para você ser também responsável pela discussão. Não importava quem começou. E isso só na voz, na autoridade que não precisa dar palmada para ser entendido (sim, é possível educar sem palmadas, concordo plenamente com essa lei nova!).

Naquela época pensava como ele era "injusto", afinal, puxa, eu sempre tinha "razão" (na minha equivocada avaliação, é claro!). Mas hoje penso na sabedoria daquela conduta, pois o resultado disso é que nós, seus filhos, somos muito unidos, torcemos um pelo outro e nos ajudamos mutuamente. E que também não haviam preferidos, todos éramos julgados e amados da mesma maneira.

Penso hoje como essa formação repercutiu no meu temperamento e na minha forma de ver o mundo. Entendendo que ninguém tem "razão" em nada, que apenas temos modos diferentes de pensar e agir, que não devemos julgar ninguém apenas porque esses são diferentes de nós.

Ele me ensinou o respeito e a tolerância às opiniões e modo de ser das outras pessoas. Em resumo é isso...

Por isso, meu amado pai, e por tantos motivos mais, só tenho que te agradecer. E que  a gente entenda que esses momentos difíceis que estamos passando também não são culpa de ninguém, que fazem parte de um plano maior de Deus, que com certeza tem os seus motivos para nos fazer passar por coisas as quais chamamos Destino. Então, vamos ter sabedoria para "entregar, confiar, aceitar e agradecer". Tudo acabará bem...


Feliz Dia dos Pais!

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