segunda-feira, 7 de junho de 2010

O "caminho do meio" de cada um é único

Um dia desses assisti ao filme "O Buda" (Un Buda, Argentina, de Diego Rafecas, 2005).

Os filmes argentinos em geral me causam boas impressões, mas sobre esse não havia lido nada anteriormente ou recebido alguma indicação certeira. Atraí-me pelo título, é verdade, e, qual não foi minha surpresa... amei!!

A história se passa nos anos 1970 durante a ditadura militar Argentina. Mostra um menino que desde os 4 anos de idade pratica meditação com seu pai, que também é ativista político.

Um determinado dia os pais desse menino (que também tem um irmão mais velho) são levados pelos militares e "desaparecem" nos porões da ditadura. Os dois são criados então por sua avó.

Anos mais tarde, já na idade adulta, esses irmãos tem trajetórias difertentes. Enquanto o mais velho é um racional e pragmático professor universitário, o outro, o que meditava com o pai, busca incessantemente a espiritualidade. Só que essa sua busca é totalmente desregrada, chegando ao ponto de extremo radicalismo, falta de condução e foco com sua vida cotidiana.

Daí ele se depara com o Zen Budismo. E aí é que a aventura começa! Assista ao filme, pois o final nos trás uma surpresa bonita e emocionante!

Bom, essa introdução é só para dizer que a minha impressão do filme, a mensagem mais importante que me passou, foi de que não há um só "Caminho do Meio", ou seja, cada personagem, dentro de suas convicções e estilos de vida, encontrou de sua própria maneira o seu equilíbrio. A busca de cada um é única, o cotidiano e a vivência também. Cada qual foi afetado de uma maneira específica pelo Zen. E isso também porque dizem que quando você encontra sua paz de espírito, você contagia várias pessoas ao seu redor.

Gostaria de transcrever um diálogo do filme, entre o Mestre Zen e a namorada do filho mais velho (não lembro o nome da personagem), que é a figura com quem mais me identifiquei.

Ela pergunta:
- "Quando tomamos uma decisão, como sabemos que está se seguindo a Ordem Cósmica?"

Responde o Mestre Zen:
-"Para você não importa seguir a Ordem Cósmica. A Ordem Cósmica é que segue você. O ser humano tem que realizar a Deus, tem que converter-se em Deus se quiser sobreviver.
Devemos ser a mudança que queremos ver. Quando tudo é dessa maneira, a Ordem Cósmica realiza-se por si só."

Ah, tem também uma trilha sonora incrível. Abre o filme Jaya Bhagavan com Krishna Das.

Assista ao trailer





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