terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nunca neglicenciar os efeitos das ações

De maneira simples, o que significa carma? Significa que qualquer coisa que fazemos, com nosso corpo, fala ou mente, terá um resultado correspospondente. Cada ação, mesmo a menor delas, carrega suas consequências. Os mestres costumam dizer que mesmo um pequeno veneno pode matar, e mesmo uma minúscula semente pode se transformar em uma árvore imensa.

E o Buda disse: "não negligencie ações negativas meramente porque elas são pequenas; não importa quão pequena seja uma faísca, ela pode incendiar um monte de feno tão grande quanto uma montanha".

De modo similar, ele disse: "não negligencie pequenas boas ações, achando que elas não trazem benefício; mesmo gotículas de água, no final, enchem um recipiente gigantesco".

O carma não degenera como as coisas externas, ou mesmo se torna inoperante. Ele não pode ser destruído pelo tempo, fogo ou água. Seu poder nunca desaparecerá, até que ele amadureça.

Sogyal Rinpoche, "O Livro Tibetano do Viver e do Morrer".


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Por uma vida melhor"



Olhem para estas flores selvagens!
Elas suportam o vento gelado das neves.
Olhem para estas grandes árvores!
Quantas tempestades elas atravessaram?
As flores e árvores têm fortes raízes espalhadas na terra.
Desejo que as pessoas não corram por aí
Apenas para satisfazer suas vaidades,
Mas que elas olhem para seus próprios pés
E cuidem do seu verdadeiro eu.
Por uma vida melhor.


Hozumi Gensho Rôshi

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Reinaugurando a felicidade

O que prevalece agora é essa maneira nova de sentir a vida. Essa perspectiva que me faz admirar, incansáveis vezes, antigas preciosidades. Essa vontade de bendizer tantas maravilhas. Esse sentimento de gratidão pelas coisas mais simples que existem. Esse canal que escolho assistir com mais frequência. Esse jeito mais amigo de ouvir meu coração.

O que prevalece agora é essa apreciação mais desperta, que me permite reinaugurar flores e céus e pessoas no meu olhar. Essa graça que encontro, de graça, nos detalhes mais singelos. Essa vontade de contribuir. Esse desejo de brincar de roda.

O que prevalece, agora, é a confortável suposição de que, por trás de tantas e habituais nuvens, esse contentamento faz parte da nossa natureza perene.

Os problemas, os desafios, as limitações, não deixaram de existir. Deixaram apenas de ocupar o espaço todo.
 
Ana Jácomo

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Evolução constante


Quando a meta é alcançar o ponto máximo, o resultado é autoconhecimento.

B.K.S.Iyengar

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sabendo tolerar

A tolerância poderia ser o primeiro passo em direção à compaixão. Trata-se de perdoar, de não guardar rancor. Trata-se de procurar compreender mais profundamente as motivações dos outros sem pagar o mal com o mal. A compaixão pode nascer sobre esta base. (...) Não penso que haja limites à nossa tolerância.
A via dos Bodhisattvas evolui em função da nossa capacidade. Até onde podemos ir? Se não nos arrependemos de dar um copo de água, damos um copo de água. Se não nos arrependemos de oferecer a nossa vida, podemos oferecê-la. Se tomarmos a tolerância como uma forma de paciência ela é sem limites. Convém, ainda assim, ter em consideração diversos fatores. Se fazemos um grande sacrifício para um resultado mínimo, é melhor desistir. Ao inverso, se o nosso sacrifício é muito útil aos outros não há que hesitar. Seja como for, não devemos tolerar as ações negativas sejam nossas, sejam dos outros.

Ringu Tulku