Assisti nesses dias a um filme que me tocou profundamente. Ele não é recente e o título em português é "Depois de partir" (Afterwards, 2008).
A história tem suas surpresas, muitas, e mostra a trajetória de um menino que sofre um acidente e experiencia a morte e a volta à vida. Anos mais tarde um misterioso homem passa a lhe mostrar um novo caminho e uma nova forma de encarar a morte. Essa é a sinopse básica. O que o filme foca, ou pelo menos esse foi a meu entendimento, é o preparo de algumas pessoas para a hora da morte, a qual ninguém está livre.
Nesse filme existem os "mensageiros", pessoas que tem o dom de saber ao olhar para uma pessoa se esta está perto da sua hora de partir. Existe, a partir desse fato, um acompanhamento para fazer com que a pessoa encontre paz e serenidade até esse fato se consumar.
Pelas expriências que tenho vivido esses dias agora, de mais uma vez estar presenciando a "morte anunciada" de uma pessoa tão próxima e querida, começo a me questionar se o preparo para a morte é para quem vai ou se ele é ainda mais importamte para quem fica.
É muito doloroso, muito mais, imensamente mais, diria, ver o sofrimento de quem amamos do que a morte propriamente. É quase constrangedor estar na presença de alguém que sofre e não tem muito mais tempo de vida dizer algo de conforto ou tentar disfarçar com comentários amenos aquela situação, fingindo que tudo está bem, ou que aquele assunto vai minimizar a dor ou ser relevante para algum de nós.
O único consolo, depois de viver situações anteriores dessa natureza, é que com o tempo, por mais clichê que possa parecer, tudo passa. Na verdade, a dor do sofrimento passa, assim como a dor da tristeza da perda. Depois, o que passa é a saudade doída, aquela que nos faz chorar. E o que fica é apenas a saudade daquela pessoa, saudade gostosa, do convívio, do compartilhamento.
E mais uma vez a vida tem os seus processos, e a cada experiência dessas vamos aprendendo a lidar com o inevitável.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Viver é ter coragem
A vida exige enorme coragem. Apesar de todos os medos, temos que começar a viver. E a vida é insegurança. Se você ficar preocupado demais com proteção e segurança, você permanecerá confinado a um pequeno cantinho, quase em uma prisão.
Será seguro, mas não será vivo, não terá aventura, não terá êxtase.
Osho
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Você só toma para si o que quiser aceitar
Perto de Tóquio, no Japão, vivia um grande samurai já idoso que agora se dedicava a ensinar o zen-budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro - conhecido por sua total falta de escrúpulos - apareceu por ali. Era famoso por usar a técnica da provação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas, fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: "Como o senhor pode suportar com tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?"
- Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?, perguntou o samurai.
- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos alunos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos continuam pertencendo a quem as carregava consigo.
texto comparilhado do meu amigo Rogério Quintão
Certa tarde, um guerreiro - conhecido por sua total falta de escrúpulos - apareceu por ali. Era famoso por usar a técnica da provação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas, fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: "Como o senhor pode suportar com tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?"
- Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?, perguntou o samurai.
- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos alunos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos continuam pertencendo a quem as carregava consigo.
texto comparilhado do meu amigo Rogério Quintão
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
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