Há 3 anos lançava essa semente na blogosfera. Não sabia exatamente o propósito desse espaço, foi um momento de curiosidade, desafios, ideias. Surgia então o Sun Drix e as Abstrações. O nome veio do meu apelido dos tempos de faculdade, tempos felizes. As "abstrações" são as minhas buscas, não por algo definido, mas pelo mistério que permeia toda a nossa existência.
E aqui estamos, comemorando mais um ciclo, com 3 partes, um triângulo, nessa data de números repetidos que talvez a numerologia, ou outras correntes expliquem o significado. O número 11 marcou-se definitivamente na minha vida. Foi o dia que minha filha veio ao mundo, que meu pai partiu desse, enfim, não dá para não se render ao fato que algo hoje está mexendo um pouco mais com minhas emoções.
Três anos é um tempo considerável. Tempo suficiente para ter empreendido mudanças na minha forma de ver o mundo. Tempo para alegrias, tristezas, percalços, de aprendizado, de medo, de aceitação, de amor, companheirismo, dúvidas. Tempo para superações. Tempo de retomada. Tempo da busca incessante pela paz de espírito, pois essa é que supera e se sobrepõe a todos os outros momentos. É a única busca que vale a pena, afinal.
Cheguei a pensar que essa seria a data para encerrar as postagens desse espaço. Mudei de ideia quando me dei conta de que não é mais a Sandra que faz esse blog, é ele que me faz. Através dele tenho entrado em contato com muitos pensamentos, com sabedoria, motivações. Conheci pessoas que, apesar de ser somente no mundo virtual, passei a considerar meus amigos. Alguns que nos momentos mais difícieis e mesmo não me conhecendo enviaram-me mensagens de ajuda e estímulo. Outros que silenciosamente passam por aqui e deixam sua energia. Jamais iria imaginar que isso fosse acontecer a três anos atrás, jamais. Agradeço imensamente a todos!
Como disse em outra ocasião, esse espaço não é meu, pertence a todos. Espero que em pelo menos algum momento das vidas das pessoas que por aqui passam ou passaram tenham encontrado algo que fez sentido, que tirou uma dúvida, que alimentou sua alegria, que motivou a continuar o que parecia impossível. Se pelo menos isso aconteceu uma única vez, então tudo isso valeu a pena!
Vamos continuar a jornada. Até quando? Só Deus sabe...
Namastê
Om Shanti
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Algumas correções
A bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade;
a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;
a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença;
a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.
a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;
a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença;
a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.
(desconheço a autoria)
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Equilíbrio das polaridades
O homem "desperto", aquele que tem consciência de si, é raro. Muitos pensam que têm consciência, porém sequer imaginam do que isso se trata. Em outras palavras, temos que conquistar níveis superiores do ser através de uma profunda busca pelo autoconhecimento e de uma contínua busca pelo equilíbrio das energias positiva e negativa da própria natureza. O homem dotado de consciência ou vontade é muito raro.
Georgii Ivanovich Gurdjief
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Buscando seu verdadeiro Eu
Sempre achamos que poderíamos ser mais, chegar mais longe, conseguir mais, realizar mais do que fizemos até agora. Sempre existe o desejo de fazer mais e mais.
Temos experiências suficientes, a esta altura, para perceber que a realização desses objetivos não funcionou no sentido de nos preencher e que, provavelmente, não conseguiremos fazer isso no futuro. É preciso resolver o problema de fundo. Eu não posso realizar a minha liberdade através dessas ações.
Para ser livre dessa busca incessante, preciso me ver livre, primeiramente, da imagem que tenho de mim mesmo como alguém limitado em todos os sentidos.
Swami Dayananda
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Alma bem disposta
O que me vale é que tenho uma alma muito bem-disposta, todos temos, ela sempre dá um jeito de me fazer encarar as lições. Apronta mestres. Improvisa material didático. Reinventa métodos. Brinca com a minha ilusória fuga. Aguarda-me nas salas de aula porque sabe que, no fim das contas, eu apareço. Aguarda-me porque sabe que tantas vezes preguiçosa por ter tanto pra aprender, tanto pra curar, tanto pra transformar, no fundo, continuo interessadíssima em crescer.
Ana Jácomo
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
"Para isso fomos feitos"
Para isso fomos feitos
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes
agradeço à Mirella Camargo por ter compartilhado
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