sexta-feira, 5 de junho de 2009

um breve recesso...

A você que tem me dado o carinho e o prazer da sua visita, gostaria de avisar que ficarei alguns dias sem postar. Estarei longe, tanto do computador como desses nossos ares...
Enquanto isso, fique a vontade para ler (ou reler) as postagens mais antigas!

Volto em breve. E espero que você também!

Namaste _/l\_

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Qual a verdadeira morte?

Na Vida

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pingos nos "is" a um redemoinho de emoções, exatamente a que resgata o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios e o coração aos tropeços.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho.

Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, ouvir conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se de sua má sorte, ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar que respiramos.

Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade.



Pablo Neruda

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Guru verdadeiro

O Advaya-Târaka-Upanishad (16) dá uma explicação esotérica da palavra guru fazendo-a derivar das sílabas gu (com sentido de "escuridão") e ru (com o sentido de "o que dissipa"). Portanto guru é aquele que dissipa as trevas espirituais do discípulo.

No Kula-Arnava-Tantra, o deus Shiva, falando com sua divina esposa Devî, faz a seguinte comparação entre os mestres realizados e os professores comuns:

Existem muitos gurus, como lâmpadas que ardem em diversas casas; mas difícil de encontrar, ó Devî, é o guru que ilumina todas as coisas como o sol. (13.104)

Existem muitos gurus que conhecem a fundo os Vedas (o conhecimento sagrado revelado) e os Shâstras (tratados); mas difícil de encontrar, ó Devî, é o guru que chegou à Verdade suprema. (13.105)

Existem muitos gurus sobre a Terra que dão outras coisas que não o Si Mesmo; mas difícil de encontrar em todos os mundos, ó Devî, é o guru que revela o Si Mesmo. (13.106)

Muitos são os gurus que roubam o discípulo de sua riqueza, mas raro é o guru que elimina as aflições do discípulo. (13.108)

É um (verdadeiro) guru aquele através de cujo contato flui a suprema Bem-Aventurança (ânanda). Só a esse, e a nenhum outro, deve o homem de inteligência escolher como seu guru. (13.110)

"A Tradição do Yoga" de Georg Feuerstein

terça-feira, 2 de junho de 2009

"Fierce Light: When Spirit Meets Action"

Velcrow Ripper é um premiado e conceituado cineasta canadense, e mais um de meus amigos do site iPeace. Rebelde e ativista espiritual, tem nos proporcionado textos e filmes de sua autoria ultra lúcidos e interessantes sobre esse momento do mundo e as questões referentes ao ser humano na sua busca espiritual.

Um de seus pontos que considero dos mais interessantes, como cineasta, é a defesa da não obviedade de utilizar cenas violentas como forma de protesto, pois isso, ao invés de criar comoção, só incita a revolta e o ódio.

Segue o trailer do seu último filme, recém lançado no Canadá e que começa a correr mundo. Assista e torça para que, por algum milagre, seja lançado no Brasil. Quem sabe dá certo!

Essas palavras que se seguem são do próprio Velcrow (traduzidas por mim) para definir um pouco do seu trabalho:

"Nos últimos anos tenho viajado pelo planeta, filmando um documentário de longa- metragem chamado Fierce Light: When Spirit Meets Action (Luz Intensa: Quando o Espírito encontra a Ação). O filme já está completo, e começando a sair para o mundo agora mesmo! É sobre o crescente poder do 'ativismo espiritual', estórias contemporâneas, que Gandhi chamava 'Força da Alma', que Martin Luther King chamava 'Amor em Ação' e o que estamos chamando de 'Luz Intensa'. É o poder de ação combinado com a profundidade do amor. Fui procurar os visionários e os heróis do dia- a- dia que estão trabalhando para transformar a si mesmo e a este mundo de crises e tenho descoberto um enorme motivo de esperança.

Ativismo espiritual não é sobre religião, não se trata de qualquer forma de dogma, é ativismo que vem do coração, não só da mente, é o ativismo compassivo, positivo, carinhoso, intenso e transformador. E divertido! Ser espiritual e ser um ativista pode ser muito divertido - na verdade, ele deve ser muito divertido. Ser um ativista espiritual significa tomar parte na criação de nossa mudança, com espírito de positividade e um equilíbrio entre interdependência e autodeterminação. Nada pode ser mais inspirador e mais gratificante do que ser a mudança que desejamos ver no mundo, dentro e fora."

Desfrute!!



http://www.fiercelight.org/

segunda-feira, 1 de junho de 2009

como amar seu inimigo


Diz-se que a consciência de um buda é completamente uniforme, como o oceano, acolhendo igualmente as alegrias e tristezas de todas as pessoas, amigos, seres amados, parentes e daqueles nunca vistos antes. Este é o significado de uma frase dita por grandes mestres espirituais do mundo: "Ame o seu inimigo". Não significa amar a pessoa que você odeia. Você não consegue fazer isso. Significa amar aqueles que odeiam você.




B. Alan Wallace, em "Budismo com Atitude"