segunda-feira, 11 de maio de 2009

I receive Peace

I receive peace
In abundant measure
When I take my mind
To fly with me
In my simplicity, sincerity,
Humility and purity-plane
In the Sky of God's Compassion,
Protection and Satisfaction


Sri Chinmoy

domingo, 10 de maio de 2009

Por que o Budismo encanta o Ocidente?

O budismo faz tanto sucesso no Ocidente porque possui características que correspondem às tendências da pós modernidade neo liberal.
Num mundo em que muitas religiões se sustentam em estruturas autoritárias e apresentam desvios fundamentalistas, o budismo apresenta-se como uma não religião, uma filosofia de vida que não possui hierarquias, estruturas nem códigos canônicos.
No budismo não há a ideia de Deus, nem de pecado. Centrado no indivíduo e baseado na prática da yoga e da meditação, o budismo não exige compromissos sociais de seus adeptos, nem submissão a uma comunidade ou crença em verdades reveladas. Há, contudo, muitos budistas engajados em lutas sociais e políticas.
Nessa cultura do elixir da eterna juventude, em que o envelhecimento e morte são encarados, não como destinos, mas como fatalidades, o budismo oferece a crença na reencarnação.
Acreditar que será possível viver outras vidas além dessa é sempre consolo e esperança para quem se deixa seduzir pela ideia da imortalidade e não se sente plenamente realizado nessa existência.
Outro aspecto do budismo que o torna tão palatável no Ocidente é a sua adequação a qualquer tendência religiosa. Pode-se ser católico ou protestante e abraçar o budismo como disciplina mental e espiritual, sem conflitos.

Mesclar diferentes tradições religiosas é uma tendência crescente para quem respira a ideologia pós moderna do individualismo exacerbado, segundo a qual cada um de nós pode ser seu próprio papa ou pastor, sem necessidade de referências objetivas.
Como método espiritual, o budismo é de grande riqueza, pois nos ensina a lidar, sem angústia, com o sofrimento; a limpar a mente de inquietações; a adotar atitudes éticas; a esvaziar o coração de vaidades e ambições desmedidas; a ir ao encontro do mais íntimo de nós mesmos, lá onde habita aquele Outro que funda a nossa verdadeira identidade.


FREI BETTO

sexta-feira, 8 de maio de 2009

JAI MA

Nesse domingo, dia 9, acontece um dos mais importantes festivais do budismo, o Vesak, comemorado na lua cheia de maio, ocasião em que celebra-se a iluminação de Buda.

Também, coincidentemente, por ser o segundo domingo de maio, comemora- se o Dia das Mães.

Fiquei pensando sobre esses dois significados: o estado de buda, e a condição de mãe. Isso porque buda não é uma pessoa, é um estágio adquirido por alguém que atingiu a iluminação. Todos somos budas em nossa essência e podemos conseguir fazer isso aflorar a qualquer tempo.


Com a condição de mãe, dá- se o mesmo. Mãe não é apenas aquele ser do gênero feminino, que gesta, pari, cria ou cuida. Mãe é um estado desenvolvido por qualquer ser, independente de ter um filho só seu, é um estado de amor incondicional. Ambos os estados, buda e mãe, tem em comum a compaixão por todos os seres.


E é assim que resolvi homenagear as “mães búdicas”, aqueles serem que esquecem-se de si, do seu ego, para amar e doar-se a todos os seres. Incondicionalmente.


E segue um vídeo com um exemplo vivo da personificação desse amor, a história de Amma, mostrando na ficção o início de sua vida e imagens atuais de seu “darshan”, a benção através do abraço.



quinta-feira, 7 de maio de 2009

ame simplesmente

Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba.

Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona...

Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.


Madre Tereza de Calcutá

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Talvez


Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és

E desde então és
sou e somos...E por amor
Serei... Serás...Seremos...


Pablo Neruda