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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Somente deixar aflorar

Imagine um homem muito pobre vivendo em um pequeno barraco decrépito, a única coisa que ele possui no mundo. O que ele não sabe que é bem embaixo de seu barraco, escondido na sujeira, há um veio infinito de ouro. Enquanto ele permanece ignorante em relação à sua riqueza oculta, o pobre homem continua na miséria. Mas quando ele volta sua atenção para mais perto de sua própria moradia, fica próximo de descobrir sua própria insondável riqueza.

De modo similar, tudo que precisamos fazer é revelar nossa própria natureza. E iremos encontrar uma fonte inesgotável de sabedoria, compaixão e poder. Não é nada que precisemos adquirir, de qualquer lugar ou coisa. Sempre esteve ali. Vista dessa maneira, a natureza de Buda não requer nenhuma adição. Uma pessoa não precisa memorizar sutras, recitar preces ou acumular virtudes para criá-la. Tudo que ela precisa fazer é revelá-la.


B. Alan Wallace, "Tibetan Buddhism from the Ground Up"

texto extraído do blog Samsara

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Na mesma vibração



Quando a não violência em pensamentos, palavras ou ações estabiliza-se firmemente no yogi, as atitudes hostis cessam em sua presença.

Yoga Sūtra, II:35

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A União é o caminho para a Paz

Pessoalmente, desejo que o século XXI seja chamado de "século do amor", porque necessitamos desesperadamente de amor, o tipo de amor que não produz sofrimento. Se não tivermos suficiente bondade e compaixão, não seremos capazes de sobreviver enquanto planeta. Nosso problemas no século XXI não são os mesmos que o Buda, seus amigos e discípulos encontraram durante as suas vidas. Atualmente, a meditação deve ser praticada coletivamente: na família, na cidade, na nação e na Sangha de nações.

Há um Buda que supostamente nascerá para nós chamado Maitreya ou Bondade Amorosa, o Buda do Amor: o Sr. Amor, a Sra. Amor. Uma Sangha que pratica bondade e compaixão é o Buda que precisamos para o século XXI. Cada um de nós é uma célula no corpo do Buda do Amor. Cada célula tem seu próprio papel a cumprir e não podemos nos dar ao luxo de perder nenhuma de nossa células. Temos que permanecer juntos. Temos o poder de trazer Sanghakaya, o corpo da Sangha, e o Buda Maitreya à existência pelo simples ato de sentarmos juntos e praticarmos profundamente.

Portanto, o próximo Buda pode não assumir a forma de um indivíduo. No século XXI a Sangha pode ser o corpo do Buda. Temos o poder de trazer o próximo Buda à existência neste século. Se sentarmos juntos e praticarmos o olhar profundo, podemos trazer o Sanghakaya e o Buda à existência. Todos nós temos o dever de trazer esse Buda à existência, e não apenas por nosso próprio bem, mas pelo bem de nossos filhos e do planeta Terra. Isto não é auto-enganação ou excesso de otimismo; isto é uma real determinação.

Thich Nhat Hanh, Eu Busco Refúgio na Sangha – Um caminho espiritual




Essa postagem de hoje é dedicada ao meu pai, que hoje faz 6 meses que partiu para morar do "outro lado", aquele com mais Luz. E a nós, que ficamos aqui desse, temos constatado que saudade é um sentimento difícil de explicar mas que só aumenta a cada dia...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Começando por onde se deve começar



Nossa primeira tarefa como pacificadores é limpar nossos conflitos internos causados por ignorância, raiva, apego, ciúmes e orgulho.

Chagdud Tulku Rinpoche

quarta-feira, 23 de março de 2011

Condicionamentos



A confusão condiciona a atividade, que condiciona o pensamento, que condiciona a personalidade corporificada que condiciona a experiência dos sentidos, que condiciona o contato, que condiciona o estado de ânimo, que condiciona o desejo, que condiciona o apego, que condiciona a transformação, que condiciona o nascimento, que condiciona o envelhecimento e a a morte.

Buda

quarta-feira, 16 de março de 2011

"Experimente ser como um oceano"


Experimente ser como um oceano. Vá tão profundo quanto quiser nessa viagem. Ondas fortes virão na superfície mas você pode mergulhar e encontrar paz. O oceano é ilimitado. Veja onde o mar encontra o céu. O mar vai fundo, o céu vai alto. Veja o horizonte, quase não dá para ver onde o mar termina e onde o céu começa. Torne seu intelecto tão ilimitado como o oceano. As situações podem surgir na superfície da vida mas você permanece tão inabalável como a quietude do fundo do mar. Isso é possível através da meditação.

Dadi Janki

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sobre causa e efeito

Cada evento no mundo possui uma semente. Se a vida aparenta ser caótica, aleatória, desordenada, é apenas porque não conseguimos perceber o processo de causa e efeito em andamento. Em outras palavras, vemos a árvore, mas não a semente. Esta falta de perspectiva leva as pessoas a viverem sob a ilusão de que as coisas acontecem de repente.

Elas não acontecem assim. Elas não podem. Nada ocorre de repente. Uma árvore oca nunca aparece do nada, de repente, no seu quintal. Uma semente foi plantada primeiro.


Se existe algo que você quer tirar de sua vida, você precisa aceitar o princípio de que sim, você plantou a semente em algum lugar do seu passado.

Este passado pode ser ontem, há duas semanas, há dois anos, ou em outra vida. Não importa quão aleatório pode aparentar ser este evento, mas não existem acidentes na Kabbalah. Existe apenas ordem, causa e efeito, ação e reação. Plante uma semente positiva ao reconhecer e assumir responsabilidade por uma ação inconsequente ou egoísta, que você cometeu no passado.

 
Yehuda Berg

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"Terra Pura"

Temos, minha mãe e eu uma conexão maior ao fato óbvio dos laços de sangue. Temos uma conexão espiritual muito forte.

Ela é budista praticante e estudiosa da filosofia. Estávamos outro dia conversando sobre um sonho que tive e sobre a "Terra Pura", a Terra de Buda. Ela falou: filha, a Terra Pura é aqui, é o lugar onde a gente está. Nós é que a criamos, aonde quer que a gente esteja ela está presente. Tudo depende de nós.

Fiquei imaginando vivenciar isso com todos os desafios e dificuldades do nosso cotidiano. A não dependência de fatores externos para gerar felicidade interior parece-me milhões de vezes mais fácil do que conseguir abstrair-se dos acontecimentos negativos e nos preservar da infelicidade ou até de sentimentos piores, como raiva, mágoa e outros tantos por aí.

Por acontecimentos externos negativos não estou me referindo à experiência de perda, dor ou outros que fazem parte da nossa experiência terrena evolutiva. Falo das pequeninas coisas que nos acontecem no dia a dia: disputas no ambiente de trabalho, aborrecimento às vezes com algo que alguém que você considera muito te falou e te magoou, a neurose das grandes cidades, o egoísmo que leva à falta de educação e gentileza, enfim, sentimentos oriundos de diversas situações e pessoas, conhecidas suas ou não e que te causam muito mal e te afastam da sensação de paz.

Fico me questionando, às vezes, por que uma pessoa que te falou alguma besteira no trânsito, por exemplo, a qual você nunca viu antes e fatalmente não voltará a ver de novo, deixa você num mal humor incrível. Muitas vezes até temos a clareza de perceber que você está sendo a válvula de escape dela e até chegamos a compreender isso e não entramos na loucura dela revidando uma atitude grosseira. No momento conseguimos ter uma atitude equilibrada. Mas depois, esse sentimento, quando você se dá conta, não está te deixando em paz. Fica te perturbando com aquela sensação ruim e quando você vê está dando vida e disperdiçando energia com isso.

Quando comecei a escrever esse texto estava em profundo questionamento sobre o porquê de tudo isso. Como anos e anos de práticas e estudos conseguiriam nos proteger disso? Mas eis que ocorreu-me um insight, nesse exato momento. A resposta está naquele "pequenino déspota" que habita nosso ser, o nosso EGO.

Às vezes perdoamos coisas muito maiores do que essas "picuínhas" todas. Porque perdoar coisas "imperdoáveis" é altruísmo, e assim alimentamos (também) nosso ego com a nossa "nobreza" de intenções. Agora, o cara na rua que te xingou, que foi grosseiro por nada e que você nunca viu antes mereceria ser perdoado? Ah, que perda de tempo! Pouquinha coisa para sua consciência e evolução espiritual se ocuparem, não é mesmo?

Não, não é. É exatamente aí que está o desafio, é aí que o trabalho deve ser feito, posto em prática. Pequenas atitudes geram grandes modificações. Em tudo.

Percebi que devo tratar o meu ego do jeitinho como ele tem me tratado a vida inteira e se quiser ver o mundo mais limpo, começarei a varrer "a minha calçada" todos os dias. Acho que assim estaremos todos vivendo de fato a Terra Pura de Buda.

Namaste _/|\_

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sem julgamentos ou esforços

O que, então, devemos "fazer" com a mente em meditação? Absolutamente nada. Deixá-la como está. Um mestre descreveu a meditação como "a mente suspensa no espaço, em lugar nenhum".

O ditado é famoso: "Se a mente não é fabricada, aparece espontaneamente imbuída de uma felicidade sublime, assim como a água que se mostra naturalmente transparente e límpida quando não é agitada". Com frequência comparo a mente em meditação com um jarro de água barrenta: quanto menos interferência ou agitação tiver, mais as partículas de terra se depositam no fundo, permitindo que a claridade natural da água transpareça. A própria natureza da mente é tal que, se você a deixa em seu estado inalterado e natural, ela encontrará sua verdadeira natureza, que é bem-aventurança e claridade.

Tome cuidado, portanto, para não impor nem cobrar nada à mente. Ao meditar, não deve haver qualquer esforço na direção do controle, nem empenho em ser pacífico. Não seja solene demais nem se sinta como se estivesse tomando parte num ritual especial; deixe de lado até a ideia de que está meditando. Seu corpo e a sua respiração devem ser entregues a si mesmos.



Sogyal Rinpoche,"O Livro Tibetano do Viver e do Morrer"
 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

E então seria o que poderia ter sido...


There are moments on the brink, when you can give yourself to a lover, or not; give in to self-doubt, uncertainty, and admonishment, or not; dive into a different culture, or not; set sail for the unknown, or not; walk out onto a stage, or not. Resist then, and there is only what might have been.

Diane Ackerman

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um ponto de vista interessante...



É importante entender que entre você e os outros, os outros são mais importantes pois são imensamente mais numerosos.

Dalai Lama


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Na busca do divino


Todos recebemos talentos dados por Deus e é nosso dever desenvolvê-los com energia para realizar o potencial que encerra; do contrário, é como se estivéssemos dando as costas para os presentes da vida. Porém, quando realizamos plenamente nosso talentos - por mais diferentes que sejam de um indivíduo para o outro - forma-se o elo que há de nos unir de novo ao divino.


B.K.S. Iyengar

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O ser liberto



Somente aquele que possui domínio sobre seu mundo interno de desejos pessoais e está focalizado em seu Eu supremo, esse é um liberto (yukta).

 Bhagavad Gita 6:18

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Desapego

Para ficar livre de situações indesejáveis e pensamentos negativos preciso desenvolver desapego. Desapego não é indiferença, apatia ou falta de energia. Desapego é um estado que vem da força e da paz interior. Posso ser amoroso, feliz, cooperativo e ainda ter desapego. O verdadeiro desapego interior é a habilidade de pensar com clareza e estar imune ao que as pessoas pensam e falam sobre mim. Desapego me capacita a ter mais controle sobre o humor e o estado da minha mente. Também me ajuda a ser mais eficiente no trabalho e diante das situações difíceis ou emergenciais. Para ser desapegado preciso conhecer meus pensamentos e seus resultados.

BK Satyanarayana, The Power of Detachment



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Para alcançar a liberdade



Quando os sentidos são purificados, o coração se purifica; quando o coração é purificado, existe uma constante e incessante lembrança do Eu; quando existe uma constante e incessante lembrança do Eu, todos os vínculos são desfeitos e a liberdade é alcançada.

Chandogya Upanishad

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Os benefícios da meditação

Meditar consiste em aquietar o corpo e a mente, e em parar de prestar atenção ao mundo exterior, a fim de que possamos nos unir a Deus no silêncio de nosso santuário interior. A meditação atua favoravelmente no plano físico, relaxando o corpo; no plano mental, acalmando os pensamentos e as ansiedades; e no plano espiritual, renovando a energia vital e estimulando nossos atributos divinos. Isto nos permite levar uma existência mais útil, melhorar as relações com as pessoas que nos rodeiam e enfrentar com ânimo renovado as dificuldades que se apresentam. Ao dedicar a cada dia alguns momentos para liberar a mente das múltiplas preocupações que a assaltam, vamos recobrando a plena consciência de nossa essência divina. Podemos dizer que orar é dirigir-nos a Deus e falar com ele, enquanto que meditar significa escutar a Deus, deixando-nos instruir e guiar pela parte de nosso ser que se acha em constante comunhão com o Infinito.


Edgar Cayce


arte Eva Uviedo

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tem que ser na medida certa


O Mestre Zen encarregou o discípulo de cuidar de um campo de arroz. No primeiro ano, o discípulo vigiava para que nunca faltasse a água necessária. O arroz cresceu forte, e a colheita foi maior. No segundo ano ele teve a ideia de acrescentar um pouco de fertilizante. O arroz cresceu rápido e a colheita foi maior. No terceiro ano, ele colocou mais fertilizante. A colheita foi maior ainda, mas o arroz nasceu pequeno e sem brilho.


- Se continuar aumentando a quantidade de adubo, não terá nada de valor ano que vem - disse o mestre! Você fortalece alguém, quando ajuda um pouco, mas enfraquece quando ajuda muito.

Conto Zen

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O princípio do Zen


O momento presente
contém o passado e o futuro.
O segredo da transformação
está na forma em que lidamos com esse exato momento.

Thich Nhat Hanh


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A meditação como conquista da liberdade



Na meditação tu próprio és o espelho que reflete a solução dos teus problemas. O espírito humano tem liberdade absoluta no interior da sua verdadeira natureza. Podes atingir a liberdade intuitivamente. Não trabalhes para a liberdade, deixa que a prática seja ela mesma libertação.

Mestre Dogen Zenji

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A calma dos sentidos


Quando os cinco sentidos estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo. Essa firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga.

Katha Upanishad