Senão agora, então quando?
terça-feira, 30 de junho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
"Irmão, recorda isto, e alegra- te"
Irmão,
nada é eterno, nada sobreviveRecorda isto, e alegra-te.
A nossa vida
não é só a carga dos anos.
A nossa vereda
não é só o caminho interminável.
Nenhum poeta tem o dever
de cantar a antiga canção.
A flor murcha e morre;
mas aquele que a leva
não deve chorá-la sempre…
Irmão, recorda isto, e alegra-te.
Chegará um silêncio absoluto,
e, então, a música será perfeita.
A vida inclinar-se-á ao poente
para afogar-se em sombras doiradas.
O amor há-de ser chamado do seu jogo
para beber o sofrimento
e subir ao céu das lágrimas…
Irmão, recorda isto e, alegra-te
Apanhemos, no ar, as nossas flores,
não no-las arrebate o vento que passa.
Arde-nos o sangue e brilham nossos olhos
roubando beijos que murchariam
se os esquecêssemos.
É ânsia a nossa vida
e força o nosso desejo,
porque o tempo toca a finados.
Irmão recorda isto, e alegra-te.
Não podemos, num momento,
abraçar as coisas,
parti-las e atirá-las ao chão.
Passam rápidas as horas,
com os sonhos debaixo do manto.
A vida, infindável para o trabalho
e para o fastio,
dá-nos apenas um dia para o amor.
Irmão, recorda isto, e alegra-te.
Sabe-nos bem a beleza
porque a sua dança volúvel
é o ritmo das nossas vidas.
Gostamos da sabedoria
porque não temos sempre de a acabar.
No eterno está tudo feito e concluído,
mas as flores da ilusão terrena
são eternamente frescas,
por causa da morte.
Irmão, recorda isto e alegra-te.
Rabindranath Tagore
sábado, 27 de junho de 2009
Will you be there
Hold me
Like the River Jordan
And I will then say to thee
You are my friend
Carry me
Like you are my brother
Love me like a mother
Will you be there
Oh, love
Weary
Tell me, will you hold me
When wrong will you scold me
When lost will you find me
But they told me
A man should be faithfull
And walk when not able
And fight 'til the end
But I'm only human
Everyone's taking control of me
Seems that the world's
Got a role for me
I'm so confused
Will you show to me
You'll be there for me
And care enough to bear me
(Hold me)
Show me
(Lay your head lowly)
Show me
(Softly then boldly)
Yeah
(Carry me there)
I'm only human
(Lead me)
Hold me
(Love me and feed me)
Yeah, yeah
(Kiss me and free me)
Yeah, yeah
(I will feel blessed)
I'm only human
(Carry)
Carry
(Carry me boldly)
Carry
(Lift me up slowly)
Yeah
(Carry me there)
I'm only human
(Save me)
Lead me
(Heal me and bathe me)
Lift me up, lift me up
(Softly you'll say to me)
(I will be there)
I will be there
(Lift me)
Hold me, yeah
(Lift me up slowly)
(Carry me boldly)
Yeah
(Show me you care)
I will be there
(Hold me)
(Lay your head lowly)
I get lonely sometimes
(Softly, then boldly)
I get lonely, yeah, yeah
(Carry me there)
Carry me there
(Need me)
(Love me and feed me)
Lift me up, hold me up
(Kiss me and free me)
Lift me up sometime, up sometime
(I will feel blessed)
Yeah
Spoken:
In our darkest hourIn my deepest despair
Will you still care
Will you be there
In my trials
And my tribulations
Through our doubts
And frustrations
In my violence
In my turbulence
Through my fear
And my confessions
In my anguish and my pain
Through my joy and my sorrow
In the promise
Of another tomorrow
I'll never let you part
For you're always in my heart
Written and composed by Michael Jackson
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Yoga e cotidiano
quinta-feira, 25 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
a busca espiritual não depende de onde você está
Podemos ir a um monastério ou a uma bela ilha para retiro e cura, desde que saibamos que a cura está dentro de nós e que o lugar é apenas a condição que permite à cura manifestar-se. Não confira poderes especiais de cura ao lugar. Quando deixarmos de correr de um lugar para outro, seremos muito mais felizes.
Thich Nhat Hanh, Nothing to do, Nowhere to go - Waking up to who you are
terça-feira, 23 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
O Caminho do Meio
Certa ocasião, Buda estava nas Montanhas dos Abutres, junto à cidade de Rajagriha. Num bosque próximo, um monge de nome Sona estava entregando-se à meditação. Aplicava-se bastante, mas, não conseguindo a Iluminação, sentiu-se um dia desnorteado e veio ter com Buda:
- Mestre, estou fazendo exercícios severíssimos. Dentre todos os discípulos, não há quem me iguale em zelo. Por que, então, não consigo obter a Iluminação? Talvez seja melhor que eu volte para casa. Tenho bens, que me permitem levar uma vida feliz. Não é melhor, pois, que eu abandone o Caminho e volte ao mundo?
Buda retrucou-lhe:
- Sona, antes de te tornares monge, eras um exímio harpista, não?
- Bem, eu tinha certa habilidade com esse instrumento.
- Então responde: quando as cordas da harpa estão muito tensas, obtém-se bom som?
- Não, Mestre.
- Quando as coradas estão bastante frouxas, obtém-se bom som?
- As cordas não devem estar nem tensas nem frouxas demais.
- O mesmo se dá com a prática do Dharma, Sona. Aplicação demasiada traz inquietação à mente, a folga demasiada traz negligência. É necessário seguir o Caminho Médio entre esses dois extremos.
Desde então, Sona passou a exercitar-se segundo tais instruções, obtendo por fim a Iluminação.
(Anguttara Nikaya 6:55; Zôagonkyo 9:30)
- Mestre, estou fazendo exercícios severíssimos. Dentre todos os discípulos, não há quem me iguale em zelo. Por que, então, não consigo obter a Iluminação? Talvez seja melhor que eu volte para casa. Tenho bens, que me permitem levar uma vida feliz. Não é melhor, pois, que eu abandone o Caminho e volte ao mundo?
Buda retrucou-lhe:
- Sona, antes de te tornares monge, eras um exímio harpista, não?
- Bem, eu tinha certa habilidade com esse instrumento.
- Então responde: quando as cordas da harpa estão muito tensas, obtém-se bom som?
- Não, Mestre.
- Quando as coradas estão bastante frouxas, obtém-se bom som?
- As cordas não devem estar nem tensas nem frouxas demais.
- O mesmo se dá com a prática do Dharma, Sona. Aplicação demasiada traz inquietação à mente, a folga demasiada traz negligência. É necessário seguir o Caminho Médio entre esses dois extremos.
Desde então, Sona passou a exercitar-se segundo tais instruções, obtendo por fim a Iluminação.
(Anguttara Nikaya 6:55; Zôagonkyo 9:30)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Visão mística
“(...) O primeiro e o mais direto resultado do momento de iluminação é a crença na possibilidade de um caminho de conhecimento que se pode chamar revelação ou visão interna, ou intuição, em contraste com os sentidos, a razão e a análise, que são considerados como guias cegos que conduzem aos pântanos da ilusão. A concepção de uma Realidade para além do mundo das aparências e inteiramente diferente dele está intimamente ligada a essa crença. Olha- se esta Realidade com uma admiração que muitas vezes raia a adoração; ela é sentida como estando sempre e em toda a parte bem à mão, levemente velada pelos artifícios dos sentidos e pronta a brilhar em toda a sua glória para a mente receptiva, a despeito da aparente loucura e da malevolência dos homens. O poeta, o artista e o amante são buscadores dessa glória: a beleza assombrada que perseguem é a frágil reflexão do seu sol. Mas o místico vive na plena luz da visão: o que os outros procuram vagamente ele o sabe, com um conhecimento ao lado do qual todo o outro conhecimento é ignorância.”
Bertrand Russel, “Mysticism and Logic”
Bertrand Russel, “Mysticism and Logic”
quinta-feira, 18 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
dance, sing, love and live
segunda-feira, 15 de junho de 2009
voltei!!
"Você foi chamado, vai ser transmutado em energia
seu segundo estágio de humanóide hoje se inicia
fique calmo, vamos começar a transmissão
meu sistema vai mudar sua dimensão."
gilberto gil
quinta-feira, 11 de junho de 2009
hoje é o dia mais feliz da minha vida ~há 12 anos!!
sexta-feira, 5 de junho de 2009
um breve recesso...
A você que tem me dado o carinho e o prazer da sua visita, gostaria de avisar que ficarei alguns dias sem postar. Estarei longe, tanto do computador como desses nossos ares...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Qual a verdadeira morte?
Na Vida
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pingos nos "is" a um redemoinho de emoções, exatamente a que resgata o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios e o coração aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho.
Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, ouvir conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se de sua má sorte, ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar que respiramos.
Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade.
Pablo Neruda
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Guru verdadeiro
O Advaya-Târaka-Upanishad (16) dá uma explicação esotérica da palavra guru fazendo-a derivar das sílabas gu (com sentido de "escuridão") e ru (com o sentido de "o que dissipa"). Portanto guru é aquele que dissipa as trevas espirituais do discípulo.
Existem muitos gurus que conhecem a fundo os Vedas (o conhecimento sagrado revelado) e os Shâstras (tratados); mas difícil de encontrar, ó Devî, é o guru que chegou à Verdade suprema. (13.105)
Existem muitos gurus sobre a Terra que dão outras coisas que não o Si Mesmo; mas difícil de encontrar em todos os mundos, ó Devî, é o guru que revela o Si Mesmo. (13.106)
Muitos são os gurus que roubam o discípulo de sua riqueza, mas raro é o guru que elimina as aflições do discípulo. (13.108)
É um (verdadeiro) guru aquele através de cujo contato flui a suprema Bem-Aventurança (ânanda). Só a esse, e a nenhum outro, deve o homem de inteligência escolher como seu guru. (13.110)
"A Tradição do Yoga" de Georg Feuerstein
No Kula-Arnava-Tantra, o deus Shiva, falando com sua divina esposa Devî, faz a seguinte comparação entre os mestres realizados e os professores comuns:
Existem muitos gurus, como lâmpadas que ardem em diversas casas; mas difícil de encontrar, ó Devî, é o guru que ilumina todas as coisas como o sol. (13.104)
Existem muitos gurus, como lâmpadas que ardem em diversas casas; mas difícil de encontrar, ó Devî, é o guru que ilumina todas as coisas como o sol. (13.104)
Existem muitos gurus que conhecem a fundo os Vedas (o conhecimento sagrado revelado) e os Shâstras (tratados); mas difícil de encontrar, ó Devî, é o guru que chegou à Verdade suprema. (13.105)
Existem muitos gurus sobre a Terra que dão outras coisas que não o Si Mesmo; mas difícil de encontrar em todos os mundos, ó Devî, é o guru que revela o Si Mesmo. (13.106)
Muitos são os gurus que roubam o discípulo de sua riqueza, mas raro é o guru que elimina as aflições do discípulo. (13.108)
É um (verdadeiro) guru aquele através de cujo contato flui a suprema Bem-Aventurança (ânanda). Só a esse, e a nenhum outro, deve o homem de inteligência escolher como seu guru. (13.110)
"A Tradição do Yoga" de Georg Feuerstein
terça-feira, 2 de junho de 2009
"Fierce Light: When Spirit Meets Action"
Velcrow Ripper é um premiado e conceituado cineasta canadense, e mais um de meus amigos do site iPeace. Rebelde e ativista espiritual, tem nos proporcionado textos e filmes de sua autoria ultra lúcidos e interessantes sobre esse momento do mundo e as questões referentes ao ser humano na sua busca espiritual.
Um de seus pontos que considero dos mais interessantes, como cineasta, é a defesa da não obviedade de utilizar cenas violentas como forma de protesto, pois isso, ao invés de criar comoção, só incita a revolta e o ódio.
Segue o trailer do seu último filme, recém lançado no Canadá e que começa a correr mundo. Assista e torça para que, por algum milagre, seja lançado no Brasil. Quem sabe dá certo!
Essas palavras que se seguem são do próprio Velcrow (traduzidas por mim) para definir um pouco do seu trabalho:
"Nos últimos anos tenho viajado pelo planeta, filmando um documentário de longa- metragem chamado Fierce Light: When Spirit Meets Action (Luz Intensa: Quando o Espírito encontra a Ação). O filme já está completo, e começando a sair para o mundo agora mesmo! É sobre o crescente poder do 'ativismo espiritual', estórias contemporâneas, que Gandhi chamava 'Força da Alma', que Martin Luther King chamava 'Amor em Ação' e o que estamos chamando de 'Luz Intensa'. É o poder de ação combinado com a profundidade do amor. Fui procurar os visionários e os heróis do dia- a- dia que estão trabalhando para transformar a si mesmo e a este mundo de crises e tenho descoberto um enorme motivo de esperança.
Ativismo espiritual não é sobre religião, não se trata de qualquer forma de dogma, é ativismo que vem do coração, não só da mente, é o ativismo compassivo, positivo, carinhoso, intenso e transformador. E divertido! Ser espiritual e ser um ativista pode ser muito divertido - na verdade, ele deve ser muito divertido. Ser um ativista espiritual significa tomar parte na criação de nossa mudança, com espírito de positividade e um equilíbrio entre interdependência e autodeterminação. Nada pode ser mais inspirador e mais gratificante do que ser a mudança que desejamos ver no mundo, dentro e fora."
Desfrute!!
http://www.fiercelight.org/
Um de seus pontos que considero dos mais interessantes, como cineasta, é a defesa da não obviedade de utilizar cenas violentas como forma de protesto, pois isso, ao invés de criar comoção, só incita a revolta e o ódio.
Segue o trailer do seu último filme, recém lançado no Canadá e que começa a correr mundo. Assista e torça para que, por algum milagre, seja lançado no Brasil. Quem sabe dá certo!
Essas palavras que se seguem são do próprio Velcrow (traduzidas por mim) para definir um pouco do seu trabalho:
"Nos últimos anos tenho viajado pelo planeta, filmando um documentário de longa- metragem chamado Fierce Light: When Spirit Meets Action (Luz Intensa: Quando o Espírito encontra a Ação). O filme já está completo, e começando a sair para o mundo agora mesmo! É sobre o crescente poder do 'ativismo espiritual', estórias contemporâneas, que Gandhi chamava 'Força da Alma', que Martin Luther King chamava 'Amor em Ação' e o que estamos chamando de 'Luz Intensa'. É o poder de ação combinado com a profundidade do amor. Fui procurar os visionários e os heróis do dia- a- dia que estão trabalhando para transformar a si mesmo e a este mundo de crises e tenho descoberto um enorme motivo de esperança.
Ativismo espiritual não é sobre religião, não se trata de qualquer forma de dogma, é ativismo que vem do coração, não só da mente, é o ativismo compassivo, positivo, carinhoso, intenso e transformador. E divertido! Ser espiritual e ser um ativista pode ser muito divertido - na verdade, ele deve ser muito divertido. Ser um ativista espiritual significa tomar parte na criação de nossa mudança, com espírito de positividade e um equilíbrio entre interdependência e autodeterminação. Nada pode ser mais inspirador e mais gratificante do que ser a mudança que desejamos ver no mundo, dentro e fora."
Desfrute!!
http://www.fiercelight.org/
segunda-feira, 1 de junho de 2009
como amar seu inimigo
Diz-se que a consciência de um buda é completamente uniforme, como o oceano, acolhendo igualmente as alegrias e tristezas de todas as pessoas, amigos, seres amados, parentes e daqueles nunca vistos antes. Este é o significado de uma frase dita por grandes mestres espirituais do mundo: "Ame o seu inimigo". Não significa amar a pessoa que você odeia. Você não consegue fazer isso. Significa amar aqueles que odeiam você.
B. Alan Wallace, em "Budismo com Atitude"
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