sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Noções
Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.
Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.
Virei-me sobre a minha própria experiência, e contemplei-a.
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus, isto é minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...
Cecília Meireles
quarta-feira, 27 de maio de 2009
acalmando as ondulações da mente
Não podemos ver o fundo do lago, pois sua superfície está coberta de ondulações. Somente podemos ter um relance de seu fundo, quando as ondas cedem e a água está calma. Se a água estiver barrenta ou agitada todo o tempo, o fundo não será visto. Se estiver límpida e se não houver ondulações, veremos o fundo. O fundo do lago é o nosso Ser verdadeiro; o lago é Chitta (o material da mente) e as ondas as Vrittis (ondas do pensamento).
A meditação é um dos grandes meios de controlar o surgimento dessas ondas de pensamento. Pela meditação você pode fazer com que a mente subjugue essas ondas e, se você prosseguir praticando a meditação durante dias, meses e anos, até que ela se transforme em hábito, até que ela aconteça sem você perceber, o rancor e o ódio serão controlados e dominados.
Swami Vivekananda
A meditação é um dos grandes meios de controlar o surgimento dessas ondas de pensamento. Pela meditação você pode fazer com que a mente subjugue essas ondas e, se você prosseguir praticando a meditação durante dias, meses e anos, até que ela se transforme em hábito, até que ela aconteça sem você perceber, o rancor e o ódio serão controlados e dominados.
Swami Vivekananda
terça-feira, 26 de maio de 2009
renúncia
A renúncia é o sábio caminho trilhado pelo devoto que voluntariamente troca o menor pelo maior. Ele desdenha dos transitórios prazeres sensoriais pela posse das alegrias eternas. A renúncia não é um fim em si mesmo, mas prepara o terreno para o florescimento das qualidades da alma.
Ninguém deveria temer os rigores da auto-negação; as bençãos espirituais que se seguem são enormes e incomparáveis.
Paramahansa Yogananda em “God Talks With Arjuna - The Bhagavad Gita”
Ninguém deveria temer os rigores da auto-negação; as bençãos espirituais que se seguem são enormes e incomparáveis.
Paramahansa Yogananda em “God Talks With Arjuna - The Bhagavad Gita”
ilustração Eva Uviedo
segunda-feira, 25 de maio de 2009
"Deus me livre de ser normal"
Uma linda e merecida homenagem ao Professor Hermógenes, esse ser humano tão sábio e especial, que tive a honra e a graça de conhecer pessoalmente. Realmente emocionante!!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
"mestre" Zé Rodrix
Partiu hoje desse planeta um dos meus ícones da adolescência: Zé Rodrix.
Ou, como ele mesmo disse na letra de Mestre Jonas, "foi morar dentro da baleia até subir pro Céu".
Esse vídeo mostra essa música, uma das minhas favoritas.
Que os anjos te acolham com carinho, Zé Rodrix!
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Ou, como ele mesmo disse na letra de Mestre Jonas, "foi morar dentro da baleia até subir pro Céu".
Esse vídeo mostra essa música, uma das minhas favoritas.
Que os anjos te acolham com carinho, Zé Rodrix!
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mude você primeiro
Não pode haver nenhuma revolução política, nenhuma revolução social, nenhuma revolução econômica. A única revolução é a do espírito, é individual.
E se milhões de indivíduos mudarem, então a sociedade mudará como uma consequência, não vice-versa.
Você não pode mudar primeiro a sociedade e esperar que os indivíduos mudem depois.
Osho, "The Secret of Secrets"
quinta-feira, 21 de maio de 2009
felicidade x prazer
"Há uma diferença entre felicidade e prazer. Felicidade está no nível mental. Prazer está além da mente. Quando você vê um pôr-do-sol, não vê através da mente. Você vê além da mente, além de você mesmo- é uma experiência do ser. Meu asana é tudo além da estrutura da mente, não está dentro dela.
Isso é prazer".
Isso é prazer".
B.K.S Iyengar
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Our own true nature
"Our own true nature is Infinite Joy!
Always happy, Always peaceful, Always free."
Always happy, Always peaceful, Always free."
Swami Satchidananda
terça-feira, 19 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
É mais importante...
É mais importante meditar com mente amorosa em um único ser que tenha hostilidade e raiva de você do que meditar com amor em cem seres afeiçoados e simpáticos a você.
É mais importante lembrar por um momento que todas as coisas condicionadas são impermanentes, e não ficar mentalmente envolvido com as atividades desta vida, do que suportar dificuldades para obter os frutos mundanos.
É mais importante domar, mesmo que só um pouco, o espírito maligno da ego-fixação do que subjugar cem demônios lá fora.
É mais importante meditar um instante na natureza verdadeira, o não-eu, do que praticar virtude por cem anos fixado no ego.
É mais importante reconhecer por um momento a própria mortalidade do que perseguir estudo e erudição por cem anos desejando inteligência e fama.
É mais importante lembrar por um momento da dedicação aos seres sencientes e praticar virtude com humildade do que se engajar no Dharma e realizar ações corretas por cem anos desejando ser culto, reto e nobre para ganhar fama e vantagens.
Machig Labdron (Tibete, século XI) "Machik´s Complete Explanation: Clarifying the Meaning of Chöd"
É mais importante lembrar por um momento que todas as coisas condicionadas são impermanentes, e não ficar mentalmente envolvido com as atividades desta vida, do que suportar dificuldades para obter os frutos mundanos.
É mais importante domar, mesmo que só um pouco, o espírito maligno da ego-fixação do que subjugar cem demônios lá fora.
É mais importante meditar um instante na natureza verdadeira, o não-eu, do que praticar virtude por cem anos fixado no ego.
É mais importante reconhecer por um momento a própria mortalidade do que perseguir estudo e erudição por cem anos desejando inteligência e fama.
É mais importante lembrar por um momento da dedicação aos seres sencientes e praticar virtude com humildade do que se engajar no Dharma e realizar ações corretas por cem anos desejando ser culto, reto e nobre para ganhar fama e vantagens.
Machig Labdron (Tibete, século XI) "Machik´s Complete Explanation: Clarifying the Meaning of Chöd"
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Unity in Diversity
quarta-feira, 13 de maio de 2009
"apenas reagir não transforma"
terça-feira, 12 de maio de 2009
o poder da mente
A natureza da mente é tal, que ela se transforma naquilo em que pensa intensamente. Assim, se pensar nos vícios e defeitos de outra pessoa, sua mente se encherá desses vícios e defeitos, pelo menos por algum tempo.
Aquele que conhece esta lei psicológica, nunca censura os outros ou acusa alguém de suas falhas, mas procura sempre ver o lado bom e elogiar as pessoas. Esta prática nos possibilita um aumento de concentração, o desenvolvimento da Ioga e da espiritualidade.
Swami Sivananda
segunda-feira, 11 de maio de 2009
I receive Peace
I receive peace
In abundant measure
When I take my mind
To fly with me
In my simplicity, sincerity,
Humility and purity-plane
In the Sky of God's Compassion,
domingo, 10 de maio de 2009
Por que o Budismo encanta o Ocidente?
O budismo faz tanto sucesso no Ocidente porque possui características que correspondem às tendências da pós modernidade neo liberal.
Num mundo em que muitas religiões se sustentam em estruturas autoritárias e apresentam desvios fundamentalistas, o budismo apresenta-se como uma não religião, uma filosofia de vida que não possui hierarquias, estruturas nem códigos canônicos.
No budismo não há a ideia de Deus, nem de pecado. Centrado no indivíduo e baseado na prática da yoga e da meditação, o budismo não exige compromissos sociais de seus adeptos, nem submissão a uma comunidade ou crença em verdades reveladas. Há, contudo, muitos budistas engajados em lutas sociais e políticas.
Nessa cultura do elixir da eterna juventude, em que o envelhecimento e morte são encarados, não como destinos, mas como fatalidades, o budismo oferece a crença na reencarnação.
Acreditar que será possível viver outras vidas além dessa é sempre consolo e esperança para quem se deixa seduzir pela ideia da imortalidade e não se sente plenamente realizado nessa existência.
Outro aspecto do budismo que o torna tão palatável no Ocidente é a sua adequação a qualquer tendência religiosa. Pode-se ser católico ou protestante e abraçar o budismo como disciplina mental e espiritual, sem conflitos.
Mesclar diferentes tradições religiosas é uma tendência crescente para quem respira a ideologia pós moderna do individualismo exacerbado, segundo a qual cada um de nós pode ser seu próprio papa ou pastor, sem necessidade de referências objetivas.
Como método espiritual, o budismo é de grande riqueza, pois nos ensina a lidar, sem angústia, com o sofrimento; a limpar a mente de inquietações; a adotar atitudes éticas; a esvaziar o coração de vaidades e ambições desmedidas; a ir ao encontro do mais íntimo de nós mesmos, lá onde habita aquele Outro que funda a nossa verdadeira identidade.
FREI BETTO
sexta-feira, 8 de maio de 2009
JAI MA
Nesse domingo, dia 9, acontece um dos mais importantes festivais do budismo, o Vesak, comemorado na lua cheia de maio, ocasião em que celebra-se a iluminação de Buda.
Também, coincidentemente, por ser o segundo domingo de maio, comemora- se o Dia das Mães.
Fiquei pensando sobre esses dois significados: o estado de buda, e a condição de mãe. Isso porque buda não é uma pessoa, é um estágio adquirido por alguém que atingiu a iluminação. Todos somos budas em nossa essência e podemos conseguir fazer isso aflorar a qualquer tempo.
Com a condição de mãe, dá- se o mesmo. Mãe não é apenas aquele ser do gênero feminino, que gesta, pari, cria ou cuida. Mãe é um estado desenvolvido por qualquer ser, independente de ter um filho só seu, é um estado de amor incondicional. Ambos os estados, buda e mãe, tem em comum a compaixão por todos os seres.
E é assim que resolvi homenagear as “mães búdicas”, aqueles serem que esquecem-se de si, do seu ego, para amar e doar-se a todos os seres. Incondicionalmente.
E segue um vídeo com um exemplo vivo da personificação desse amor, a história de Amma, mostrando na ficção o início de sua vida e imagens atuais de seu “darshan”, a benção através do abraço.
Também, coincidentemente, por ser o segundo domingo de maio, comemora- se o Dia das Mães.
Fiquei pensando sobre esses dois significados: o estado de buda, e a condição de mãe. Isso porque buda não é uma pessoa, é um estágio adquirido por alguém que atingiu a iluminação. Todos somos budas em nossa essência e podemos conseguir fazer isso aflorar a qualquer tempo.
Com a condição de mãe, dá- se o mesmo. Mãe não é apenas aquele ser do gênero feminino, que gesta, pari, cria ou cuida. Mãe é um estado desenvolvido por qualquer ser, independente de ter um filho só seu, é um estado de amor incondicional. Ambos os estados, buda e mãe, tem em comum a compaixão por todos os seres.
E é assim que resolvi homenagear as “mães búdicas”, aqueles serem que esquecem-se de si, do seu ego, para amar e doar-se a todos os seres. Incondicionalmente.
E segue um vídeo com um exemplo vivo da personificação desse amor, a história de Amma, mostrando na ficção o início de sua vida e imagens atuais de seu “darshan”, a benção através do abraço.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
ame simplesmente
Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba.
Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona...
Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.
Madre Tereza de Calcutá
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Talvez
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda
terça-feira, 5 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Os limites da tolerância
A tolerância poderia ser o primeiro passo em direção à compaixão. Trata-se de perdoar, de não guardar rancor. Trata-se de procurar compreender mais profundamente as motivações dos outros sem pagar o mal com o mal. A compaixão pode nascer sobre esta base. (...) Não penso que haja limites à nossa tolerância.
A via dos Bodhisattvas evolui em função da nossa capacidade. Até onde podemos ir? Se não nos arrependemos de dar um copo de água, damos um copo de água. Se não nos arrependemos de oferecer a nossa vida, podemos oferecê-la. Se tomarmos a tolerância como uma forma de paciência ela é sem limites. Convém, ainda assim, ter em consideração diversos fatores.
A via dos Bodhisattvas evolui em função da nossa capacidade. Até onde podemos ir? Se não nos arrependemos de dar um copo de água, damos um copo de água. Se não nos arrependemos de oferecer a nossa vida, podemos oferecê-la. Se tomarmos a tolerância como uma forma de paciência ela é sem limites. Convém, ainda assim, ter em consideração diversos fatores.
Se fazemos um grande sacrifício para um resultado mínimo, é melhor desistir. Ao inverso, se o nosso sacrifício é muito útil aos outros não há que hesitar. Seja como for, não devemos tolerar as ações negativas sejam as nossas, sejam dos outros.
Ringu Tulku
sexta-feira, 1 de maio de 2009
conselho
Se o ser que mais amo no mundo viesse me perguntar que escolha ele deve fazer, e qual é o refúgio mais profundo, mais inatacável e mais doce, eu lhe diria para abrigar seu destino no refúgio da alma que se aperfeiçoa.
Maeterlinck
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