terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um Zen poema


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis (Fernando Pessoa)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tudo morre, tudo muda...


Algumas preciosidades morrem baixinho, em dégradé. Como morrem as tardes. Como morrem as flores. Como morrem as ondas. Quando a gente percebe, já é noite e o céu, se está disposto a falar, diz estrelas. Quando a gente percebe, as pétalas já descansam o seu sorriso no colo do chão. Quando a gente percebe, o canto da onda já enterneceu a areia. Muitas dádivas que nos encontram, que nos encantam, têm seu tempo de viço, sua hora de recado, e seu momento de transformação em outro jeito de lindeza.

A noite também é bela do jeito dela. As pétalas caídas viram húmus para fertilizar o solo que dirá a vez de outras flores sorrirem. A areia molhada conta a canção da onda e da sua acolhida terna para a nossa vida descalça. Lutar contra a impermanência da cara das coisas é feito tentar prender o azul macio das tardes, segurar o viço risonho das flores, amordaçar as ondas. É inútil.

Costumamos esquecer que não podemos impedir a mudança: tudo dança a coreografia sábia e implacável da impermanência. Mas a música daquilo que verdadeiramente nos toca com amor, não importa o quanto tudo mude – e tudo muda - não deixa nunca mais de tocar e viver, de algum jeito, no nosso coração.
 
Ana Jácomo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Amar é desejar a felicidade do outro


O que eu entendo por amor aparece no reconhecimento claro da existência da outra pessoa, e num autêntico respeito pelo bem estar e pelo direito dos outros. 
O caminho mais razoável para amar os outros está no reconhecimento do simples fato de que cada ser vivo tem o mesmo direito e o mesmo desejo de alcançar a felicidade e de não sofrer.

Sua Santidade o Dalai Lama

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um verdadeiro presente de Deus


Lembre-se: só o ser humano pode desenvolver compaixão e piedade pelos outros. Se sofrer é karma dos outros, considere seu karma ajudá-los. Só ajudando o próximo nos elevamos espiritualmente. Nenhuma outra espécie recebe este presente precioso de Deus, a capacidade de entender e de ser compassivo.

Amma