segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Súplica



Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando,

Deus, derrama teu Sol mais luminoso.

 

Caio Fernando Abreu



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um sábio texto sobre resignação

A Tentação dos Santos - Provações e Tentações

Por que sofrem as pessoas? Algumas para resgatar velhos débitos, às vezes até por elas esquecidos, mas sempre lembrados pela grande lei conhecida como a do karma, segundo a qual inevitavelmente colhemos, logo ou muito depois, as consequências de nossos pensamentos, palavras e ações. Outras pessoas, reconhecidamente puras, bondosas, decentes, caridosas, santas, sofrem muito, o que até aparece injusto. Por quê? Não parece que seja para pagar erros graves. Há uma explicação bem razoável: elas teriam conquistado o "direito" de serem submetidas a duras provas, tendo em vista uma "promoção", isto é, um avanço maior no caminho para a perfeição, no caminho de volta à casa paterna de onde saíram há muito muito tempo. Só passa de ano o aluno aprovado nos exames. Não é? Sai Baba lembra que, quando você quer pendurar um quadro na parede, bate o prego, e não pendura o quadro antes de duramente sacudir o prego para ver se ele vai aguentar o peso. Dificuldades, despojamentos limitações, dores, aflições que assaltam pessoas ética e espiritualmente corretas, são sacudidas no prego. Nesses casos, tudo leva a crer que Deus está manifestando seu carinho, testando alguém que Ele deseja fazer avançar mais.

Os que trilham o caminho largo inevitavelmente virão a comer os frutos amargos das amargas sementes que andaram plantando, as dolorosas consequências de seus próprios erros. Os que optaram pelo caminho estreito, que preferiram as dificuldades, asperezas e agonias do caminho de "volta ao lar", serena e nobremente se aprimoram pelas duras provas que suportam. As dores, ao longo de ambos os caminhos, invariavelmente são proveitosas: no caminho largo, dívidas são resgatadas e isto é bom; no caminho estreito, as dores ajudam a chegar mais perto da luz que se deseja ver. Ver é pouco, da Luz que se deseja voltar a Ser, e isto também é bom.

As provas finais, os últimos anos de qualquer curso são naturalmente mais difíceis, mas, mesmo que pareçam insuportáveis, os diplomandos as enfrentam, as aceitam e as superam porque, ao longo dos anos de estudos, foram se preparando pra isso, se tornando capazes. Eu, que ainda estou me alfabetizando, não aguentaria de jeito nenhm as dores que Jesus paceceu.

Grandes Mestres, Mahatmas, Siddas, Yoguis, Santos, de todos os tempos e de todas as religiões, sempre foram duramente testados em suas vidas, pois estavam muito perto da deificação. Foram testados em sua coragem, paciência, resistência à dor, em sua determinação, renúncia, autodomínio, submissão, humildade, serenidade, pureza, principalmente na firmeza de sua fé e de sua decisão de a qualquer custo, chegar ao Ser Supremo e gloriosa e eternamente nele se fundir.

Professor Hermógenes, texto extraído do Blog Yoga Hermógenes (cujo endereço está sempre disponível na listagem de blogs recomendados à direita)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nossa morada de fato


A man is not where he lives, but where he loves.

Provérbio Latino

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

pero que los hay, hay...uai!!

tenho andado fraco
levanto a mão
é uma mão de macaco

tenho andado só
lembrando que sou pó

tenho andado tanto
diabo querendo ser santo

tenho andado cheio
o copo pelo meio

tenho andado sem pai
yo no creo en caminos
pero que los hay
hay


Paulo Leminski

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os significados do Silêncio

















Silêncio é mansidão
Quando você não defende a si mesmo contra as ofensas
Quando você não chama por seus direitos
Quando você deixa Deus defende-lo
Silêncio é mansidão

Silêncio é misericórdia
Quando você não revela a outros a falta de seus irmãos
Quando você prontamente perdoa sem remexer o passado
Quando você não julga, mas ora em seu coração
Silêncio é misericórdia

Silêncio é paciência
Quando você aceita sofrimentos sem reclamar, alegremente
Quando você não procura consolações humanas
Quando você não se torna muito excitado
Mas espera, paciente, que a semente germine
Silêncio é paciência

Silêncio é humildade
Quando não há competição
Quando você considera a outra pessoa melhor do que você
Quando deixa seu irmão brotar, crescer e amadurecer
Quando você, alegremente, abandona tudo no Senhor
Quando as suas ações podem ser mal interpretadas
Quando você deixa para outros a gloria da recompensa
Silêncio é humildade

Silêncio é fé
Quando você guarda silêncio porque sabe que o Senhor agirá
Quando você renuncia à voz do mundo para manter-se na presença do Senhor
Quando você não se esforça para ser entendido
Porque é suficiente para você saber que o Senhor o entende
Silêncio é fé

Silêncio é adoração
Quando você abraça a cruz sem perguntar por quê
Silêncio é adoração


Madre Teresa de Calcutá



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sem julgamentos ou esforços

O que, então, devemos "fazer" com a mente em meditação? Absolutamente nada. Deixá-la como está. Um mestre descreveu a meditação como "a mente suspensa no espaço, em lugar nenhum".

O ditado é famoso: "Se a mente não é fabricada, aparece espontaneamente imbuída de uma felicidade sublime, assim como a água que se mostra naturalmente transparente e límpida quando não é agitada". Com frequência comparo a mente em meditação com um jarro de água barrenta: quanto menos interferência ou agitação tiver, mais as partículas de terra se depositam no fundo, permitindo que a claridade natural da água transpareça. A própria natureza da mente é tal que, se você a deixa em seu estado inalterado e natural, ela encontrará sua verdadeira natureza, que é bem-aventurança e claridade.

Tome cuidado, portanto, para não impor nem cobrar nada à mente. Ao meditar, não deve haver qualquer esforço na direção do controle, nem empenho em ser pacífico. Não seja solene demais nem se sinta como se estivesse tomando parte num ritual especial; deixe de lado até a ideia de que está meditando. Seu corpo e a sua respiração devem ser entregues a si mesmos.



Sogyal Rinpoche,"O Livro Tibetano do Viver e do Morrer"