É mais importante meditar com mente amorosa em um único ser que tenha hostilidade e raiva de você do que meditar com amor em cem seres afeiçoados e simpáticos a você.
É mais importante lembrar por um momento que todas as coisas condicionadas são impermanentes, e não ficar mentalmente envolvido com as atividades desta vida, do que suportar dificuldades para obter os frutos mundanos.
É mais importante domar, mesmo que só um pouco, o espírito maligno da ego-fixação do que subjugar cem demônios lá fora.
É mais importante meditar um instante na natureza verdadeira, o não-eu, do que praticar virtude por cem anos fixado no ego.
É mais importante reconhecer por um momento a própria mortalidade do que perseguir estudo e erudição por cem anos desejando inteligência e fama.
É mais importante lembrar por um momento da dedicação aos seres sencientes e praticar virtude com humildade do que se engajar no Dharma e realizar ações corretas por cem anos desejando ser culto, reto e nobre para ganhar fama e vantagens.
Machig Labdron (Tibete, século XI) "Machik´s Complete Explanation: Clarifying the Meaning of Chöd"
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Unity in Diversity
quarta-feira, 13 de maio de 2009
"apenas reagir não transforma"
terça-feira, 12 de maio de 2009
o poder da mente
A natureza da mente é tal, que ela se transforma naquilo em que pensa intensamente. Assim, se pensar nos vícios e defeitos de outra pessoa, sua mente se encherá desses vícios e defeitos, pelo menos por algum tempo.
Aquele que conhece esta lei psicológica, nunca censura os outros ou acusa alguém de suas falhas, mas procura sempre ver o lado bom e elogiar as pessoas. Esta prática nos possibilita um aumento de concentração, o desenvolvimento da Ioga e da espiritualidade.
Swami Sivananda
segunda-feira, 11 de maio de 2009
I receive Peace
I receive peace
In abundant measure
When I take my mind
To fly with me
In my simplicity, sincerity,
Humility and purity-plane
In the Sky of God's Compassion,
domingo, 10 de maio de 2009
Por que o Budismo encanta o Ocidente?
O budismo faz tanto sucesso no Ocidente porque possui características que correspondem às tendências da pós modernidade neo liberal.
Num mundo em que muitas religiões se sustentam em estruturas autoritárias e apresentam desvios fundamentalistas, o budismo apresenta-se como uma não religião, uma filosofia de vida que não possui hierarquias, estruturas nem códigos canônicos.
No budismo não há a ideia de Deus, nem de pecado. Centrado no indivíduo e baseado na prática da yoga e da meditação, o budismo não exige compromissos sociais de seus adeptos, nem submissão a uma comunidade ou crença em verdades reveladas. Há, contudo, muitos budistas engajados em lutas sociais e políticas.
Nessa cultura do elixir da eterna juventude, em que o envelhecimento e morte são encarados, não como destinos, mas como fatalidades, o budismo oferece a crença na reencarnação.
Acreditar que será possível viver outras vidas além dessa é sempre consolo e esperança para quem se deixa seduzir pela ideia da imortalidade e não se sente plenamente realizado nessa existência.
Outro aspecto do budismo que o torna tão palatável no Ocidente é a sua adequação a qualquer tendência religiosa. Pode-se ser católico ou protestante e abraçar o budismo como disciplina mental e espiritual, sem conflitos.
Mesclar diferentes tradições religiosas é uma tendência crescente para quem respira a ideologia pós moderna do individualismo exacerbado, segundo a qual cada um de nós pode ser seu próprio papa ou pastor, sem necessidade de referências objetivas.
Como método espiritual, o budismo é de grande riqueza, pois nos ensina a lidar, sem angústia, com o sofrimento; a limpar a mente de inquietações; a adotar atitudes éticas; a esvaziar o coração de vaidades e ambições desmedidas; a ir ao encontro do mais íntimo de nós mesmos, lá onde habita aquele Outro que funda a nossa verdadeira identidade.
FREI BETTO
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