segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma "reforminha" na casa



Estava há muito querendo mudar o visual do Blog. Mas a falta de tempo somada à preguiça me desestimulavam. E como as coisas acontecem quando tem que acontecer, um belo dia, ao abrir essa página, reparei que algo tinha acontecido com as antigas configurações. Estava tudo uma bagunça...

Primeiro fiquei de mau humor. Depois resolvi remover as tais "html (s)" que estavam dando problema. Aí, vingou a teoria "Jacque"... já que estava com a mão na massa, por que não mudar geral? E aí radicalizei.

Não sei se o novo visual está melhor e vai agradar. Seja pra melhor ou pior, as mudanças são necessárias, na real ou metaforicamente. Quando o "velho" dá sinal de desgaste, só resta partir para o "novo"! E muitas vezes, por apego, só mudamos quando algo ou a fórmula que não está mais funcionando nos dá um empurrãozinho.

Bom, é isso. "Tudo é efêmero"...

Namaste e uma semana com ótimas mudanças (grandes ou pequenas)!

E sempre, sempre, sempre...



Que as dificuldades que eu experimentar ao longo da jornada não me roubem a capacidade de encanto.

Ana Jácomo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Na mesma sintonia



The goal of life is to make your on heart beat match the beat
of the Universe, to match your nature with Nature.

Joseph Campbell

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"...por desfolhar-me é que não tenho fim"



Não te aflijas com a pétala que voa:

também é ser, deixar de ser assim...

Eu deixo aroma até nos meus espinhos

ao longe, o vento vai falando de mim.

E por perder-me é que vão me lembrando,

por desfolhar-me é que não tenho fim.


 
Cecilia Meireles

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Preparando pacientemente o terreno


Ao arar a terra para o cultivo, precisamos de paciência para arrancar todas as ervas daninhas imprestáveis e esperar, mesmo que o solo pareça estéril, até que as boas sementes escondidas possam germinar e se transformar em plantas.

Precisamos de mais paciência ainda para limpar o campo de nossa consciência, coberto com as ervas daninhas dos apegos inúteis aos prazeres sensoriais, que são muito difíceis de serem erradicados. Porém, quando o campo da consciência estiver limpo e semeado com as sementes das boas qualidades, as plantas das nobres atividades brotarão, produzindo abundantemente os frutos da verdadeira felicidade.


Paramahansa Yogananda

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"Terra Pura"

Temos, minha mãe e eu uma conexão maior ao fato óbvio dos laços de sangue. Temos uma conexão espiritual muito forte.

Ela é budista praticante e estudiosa da filosofia. Estávamos outro dia conversando sobre um sonho que tive e sobre a "Terra Pura", a Terra de Buda. Ela falou: filha, a Terra Pura é aqui, é o lugar onde a gente está. Nós é que a criamos, aonde quer que a gente esteja ela está presente. Tudo depende de nós.

Fiquei imaginando vivenciar isso com todos os desafios e dificuldades do nosso cotidiano. A não dependência de fatores externos para gerar felicidade interior parece-me milhões de vezes mais fácil do que conseguir abstrair-se dos acontecimentos negativos e nos preservar da infelicidade ou até de sentimentos piores, como raiva, mágoa e outros tantos por aí.

Por acontecimentos externos negativos não estou me referindo à experiência de perda, dor ou outros que fazem parte da nossa experiência terrena evolutiva. Falo das pequeninas coisas que nos acontecem no dia a dia: disputas no ambiente de trabalho, aborrecimento às vezes com algo que alguém que você considera muito te falou e te magoou, a neurose das grandes cidades, o egoísmo que leva à falta de educação e gentileza, enfim, sentimentos oriundos de diversas situações e pessoas, conhecidas suas ou não e que te causam muito mal e te afastam da sensação de paz.

Fico me questionando, às vezes, por que uma pessoa que te falou alguma besteira no trânsito, por exemplo, a qual você nunca viu antes e fatalmente não voltará a ver de novo, deixa você num mal humor incrível. Muitas vezes até temos a clareza de perceber que você está sendo a válvula de escape dela e até chegamos a compreender isso e não entramos na loucura dela revidando uma atitude grosseira. No momento conseguimos ter uma atitude equilibrada. Mas depois, esse sentimento, quando você se dá conta, não está te deixando em paz. Fica te perturbando com aquela sensação ruim e quando você vê está dando vida e disperdiçando energia com isso.

Quando comecei a escrever esse texto estava em profundo questionamento sobre o porquê de tudo isso. Como anos e anos de práticas e estudos conseguiriam nos proteger disso? Mas eis que ocorreu-me um insight, nesse exato momento. A resposta está naquele "pequenino déspota" que habita nosso ser, o nosso EGO.

Às vezes perdoamos coisas muito maiores do que essas "picuínhas" todas. Porque perdoar coisas "imperdoáveis" é altruísmo, e assim alimentamos (também) nosso ego com a nossa "nobreza" de intenções. Agora, o cara na rua que te xingou, que foi grosseiro por nada e que você nunca viu antes mereceria ser perdoado? Ah, que perda de tempo! Pouquinha coisa para sua consciência e evolução espiritual se ocuparem, não é mesmo?

Não, não é. É exatamente aí que está o desafio, é aí que o trabalho deve ser feito, posto em prática. Pequenas atitudes geram grandes modificações. Em tudo.

Percebi que devo tratar o meu ego do jeitinho como ele tem me tratado a vida inteira e se quiser ver o mundo mais limpo, começarei a varrer "a minha calçada" todos os dias. Acho que assim estaremos todos vivendo de fato a Terra Pura de Buda.

Namaste _/|\_