Transcrevo hoje o texto de um blog o qual acompanho e recomendo, o "Sob o manto de estrelas". Como as "coincidências" para mim não fazem e nunca fizeram sentido, ou, como dizem, "o que está no seu caminho É o SEU caminho", achei que a autora até o havia escrito para mim. Caiu como uma luva...desfrute também!
Namaste
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és. E lembra-te: tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
Gloria Hurtado
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Conclusões
Ficar bem nem sempre deixa outras opções. É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou pra parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se. Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 18 de outubro de 2011
letting go...
Tem certas coisas na vida que a gente compreende, outras, que apenas aceitamos como são. Mas de qualquer maneira e seja lá o que for, um dia tudo passa. Tudo. O importante é continuar no caminho, seguindo em frente.
Namaste _/|\_
Om Shanti
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Consciência do que é o Karma
Da perspectiva budista, o tipo de sorte, felicidade ou tristeza que encontramos, não está relacionada com alguém fazendo alguma coisa por nós. Seu eu ganho na loteria, não é porque o Buda me selecionou para receber um bônus. Nenhum deus ou buda é responsável pelo que nos acontece. Pelo contrário, nossas circunstâncias são fundamentalmente criadas por ações anteriores.
Esta é uma afirmação perigosa se for mal compreendida. Uma interpretação muito infeliz do que o Buda queria passar em seu ensinamento sobre o Karma é a conclusão de que o sofrimento das outras pessoas é simplesmente por culpa delas. O Buda não ensinou que uma criança que sofre de uma doença ou de fome trouxe este sofrimento para si.
A explicação budista do sofrimento é que um ato embebido no continuum da consciência finalmente faz surgir as consequências. O ato pode ter ocorrido nesta ou em outras vidas. Isto não significa que uma pessoa que esteja sofrendo seja moralmente mais degenerada do que se tivesse sofrendo as consequências produzidas pela ingestão de um alimento contaminado. O sofrimento que vivenciamos é devido ao Karma acumulado por influência da ilusão e das aflições mentais. Isto se aplica a todos os seres sencientes.
A pessoa que testemunha o sofrimento de uma outra pessoa deve ter somente uma reação: "Como posso ajudar?". Quando o Karma produz seus frutos e causa o sofrimento, a reação nunca deveria ser: "Este é o seu Karma. É o seu destino, por isso eu não posso ajudar". O seu próprio Karma pode bem se apresentar como uma oportunidade para ajudar uma pessoa sofredora. Compreender erroneamente as ações e suas consequências pode ser desastroso.
B. Alan Wallace, "Budismo com Atitude"
Esta é uma afirmação perigosa se for mal compreendida. Uma interpretação muito infeliz do que o Buda queria passar em seu ensinamento sobre o Karma é a conclusão de que o sofrimento das outras pessoas é simplesmente por culpa delas. O Buda não ensinou que uma criança que sofre de uma doença ou de fome trouxe este sofrimento para si.
A explicação budista do sofrimento é que um ato embebido no continuum da consciência finalmente faz surgir as consequências. O ato pode ter ocorrido nesta ou em outras vidas. Isto não significa que uma pessoa que esteja sofrendo seja moralmente mais degenerada do que se tivesse sofrendo as consequências produzidas pela ingestão de um alimento contaminado. O sofrimento que vivenciamos é devido ao Karma acumulado por influência da ilusão e das aflições mentais. Isto se aplica a todos os seres sencientes.
A pessoa que testemunha o sofrimento de uma outra pessoa deve ter somente uma reação: "Como posso ajudar?". Quando o Karma produz seus frutos e causa o sofrimento, a reação nunca deveria ser: "Este é o seu Karma. É o seu destino, por isso eu não posso ajudar". O seu próprio Karma pode bem se apresentar como uma oportunidade para ajudar uma pessoa sofredora. Compreender erroneamente as ações e suas consequências pode ser desastroso.
B. Alan Wallace, "Budismo com Atitude"
Assinar:
Postagens (Atom)