segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Buscando o equilíbrio

 
O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.
 
 Lao-Tsé, Tao Te Ching

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

E a primavera sempre chega!


Tirei essa foto em uma rua de São Paulo (sem retoques). Quem disse que não tem natureza bonita aqui?

Desejo um fim de semana bem florido a todos...Viva a Primavera!


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A prática do Yoga


O objetivo primordial do Yoga é restabelecer a paz e a simplicidade da mente, e libertá-la da confusão e da dor. Diferentemente de outras formas de exercícios que tensionam músculos e ossos, o Yoga gentilmente rejuvenesce o corpo. A prática de Yoga completa os reservatórios da esperança e do otimismo dentro de você.

B.K.S. Iyengar

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um Zen poema


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis (Fernando Pessoa)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tudo morre, tudo muda...


Algumas preciosidades morrem baixinho, em dégradé. Como morrem as tardes. Como morrem as flores. Como morrem as ondas. Quando a gente percebe, já é noite e o céu, se está disposto a falar, diz estrelas. Quando a gente percebe, as pétalas já descansam o seu sorriso no colo do chão. Quando a gente percebe, o canto da onda já enterneceu a areia. Muitas dádivas que nos encontram, que nos encantam, têm seu tempo de viço, sua hora de recado, e seu momento de transformação em outro jeito de lindeza.

A noite também é bela do jeito dela. As pétalas caídas viram húmus para fertilizar o solo que dirá a vez de outras flores sorrirem. A areia molhada conta a canção da onda e da sua acolhida terna para a nossa vida descalça. Lutar contra a impermanência da cara das coisas é feito tentar prender o azul macio das tardes, segurar o viço risonho das flores, amordaçar as ondas. É inútil.

Costumamos esquecer que não podemos impedir a mudança: tudo dança a coreografia sábia e implacável da impermanência. Mas a música daquilo que verdadeiramente nos toca com amor, não importa o quanto tudo mude – e tudo muda - não deixa nunca mais de tocar e viver, de algum jeito, no nosso coração.
 
Ana Jácomo