segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O que é real?

Mundo virtual, pessoas reais, contato virtual, amizades reais. Tudo pertence, na verdade, ao mesmo mundo, sem distinção. E sob a ótica budista, "tudo é ilusório", tudo é impermanente.

Tudo é uma questão de referência. Conheço pessoas que vieram do "mundo virtual", mas pertencem ao "mundo real". Parecem virtuais pra mim, mas existem. Entraram no meu mundo e tocaram meu coração, mas isso são sentimentos, também não é palpável, pertence ao "mundo abstrato". Como quantificar a importância que alguém que não conhecemos pessoalmente têm em nossas vidas?

Melhor é não pensar, mas sentir. Sentimentos fluem, alcançam distâncias inimagináveis. São poderosos no sentido que transformam o nosso cotidiano, dão um brilho especial à nossa jornada.

Recebi esses dias um presente e uma missão, de uma amiga muito querida, a Ju, que conheci no mundo virtual, mas que tornou-se uma pessoa especial e muito real para mim. Ela esteve em um retiro Budista, lembrou-se de mim e carinhosamente me enviou um livro com lindas mensagens para que eu pudesse ler e depois enviasse a mais alguém, e esse que o recebesse, por sua vez, teria também que continuar essa corrente. O livro  chama-se "Sementes de Sabedoria" de Ghagdud Tulku Rinpoche, do qual transcrevo a mensagem para vocês:

"Ter um bom coração é o ponto essencial. Não importa o quanto aprendemos ou quanto o praticamos, se não tivermos um bom coração, não iremos longe. O benefício é apenas temporário".

Se alguém quiser fazer parte dessa missão, de espalhar essas sementes de sabedoria, pode escrever para o seguinte endereço sundari.sundrix@gmail.com. Terei imenso prazer em enviar a você!

Namastê

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Só vim te desejar um ótimo dia"

Eu só vim lhe desejar um dia lindo.
Com flores pelos caminhos que você percorrer.
Com gente feliz ao seu redor.
Com chuvas de sorrisos e de olhares que vem da alma.
Não importa se grandes notícias não virão hoje.
Que também não venham as más.
Que seu dia seja de paz.
Que você esteja em paz.
E que você olhe os problemas de cima, e as pessoas que você convive, com olho no olho.
Que as palavras do dia sejam 'leveza', 'doçura', ‘calmaria', 'tranquilidade'.
E que suas próximas horas sejam carregadas de pensamentos positivos e muita paz no coração.
Só vim te desejar um ótimo dia.
Colorido e florido.

Amém.

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nunca neglicenciar os efeitos das ações

De maneira simples, o que significa carma? Significa que qualquer coisa que fazemos, com nosso corpo, fala ou mente, terá um resultado correspospondente. Cada ação, mesmo a menor delas, carrega suas consequências. Os mestres costumam dizer que mesmo um pequeno veneno pode matar, e mesmo uma minúscula semente pode se transformar em uma árvore imensa.

E o Buda disse: "não negligencie ações negativas meramente porque elas são pequenas; não importa quão pequena seja uma faísca, ela pode incendiar um monte de feno tão grande quanto uma montanha".

De modo similar, ele disse: "não negligencie pequenas boas ações, achando que elas não trazem benefício; mesmo gotículas de água, no final, enchem um recipiente gigantesco".

O carma não degenera como as coisas externas, ou mesmo se torna inoperante. Ele não pode ser destruído pelo tempo, fogo ou água. Seu poder nunca desaparecerá, até que ele amadureça.

Sogyal Rinpoche, "O Livro Tibetano do Viver e do Morrer".


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Por uma vida melhor"



Olhem para estas flores selvagens!
Elas suportam o vento gelado das neves.
Olhem para estas grandes árvores!
Quantas tempestades elas atravessaram?
As flores e árvores têm fortes raízes espalhadas na terra.
Desejo que as pessoas não corram por aí
Apenas para satisfazer suas vaidades,
Mas que elas olhem para seus próprios pés
E cuidem do seu verdadeiro eu.
Por uma vida melhor.


Hozumi Gensho Rôshi

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Reinaugurando a felicidade

O que prevalece agora é essa maneira nova de sentir a vida. Essa perspectiva que me faz admirar, incansáveis vezes, antigas preciosidades. Essa vontade de bendizer tantas maravilhas. Esse sentimento de gratidão pelas coisas mais simples que existem. Esse canal que escolho assistir com mais frequência. Esse jeito mais amigo de ouvir meu coração.

O que prevalece agora é essa apreciação mais desperta, que me permite reinaugurar flores e céus e pessoas no meu olhar. Essa graça que encontro, de graça, nos detalhes mais singelos. Essa vontade de contribuir. Esse desejo de brincar de roda.

O que prevalece, agora, é a confortável suposição de que, por trás de tantas e habituais nuvens, esse contentamento faz parte da nossa natureza perene.

Os problemas, os desafios, as limitações, não deixaram de existir. Deixaram apenas de ocupar o espaço todo.
 
Ana Jácomo