Pessoalmente, desejo que o século XXI seja chamado de "século do amor", porque necessitamos desesperadamente de amor, o tipo de amor que não produz sofrimento. Se não tivermos suficiente bondade e compaixão, não seremos capazes de sobreviver enquanto planeta. Nosso problemas no século XXI não são os mesmos que o Buda, seus amigos e discípulos encontraram durante as suas vidas. Atualmente, a meditação deve ser praticada coletivamente: na família, na cidade, na nação e na Sangha de nações.
Há um Buda que supostamente nascerá para nós chamado Maitreya ou Bondade Amorosa, o Buda do Amor: o Sr. Amor, a Sra. Amor. Uma Sangha que pratica bondade e compaixão é o Buda que precisamos para o século XXI. Cada um de nós é uma célula no corpo do Buda do Amor. Cada célula tem seu próprio papel a cumprir e não podemos nos dar ao luxo de perder nenhuma de nossa células. Temos que permanecer juntos. Temos o poder de trazer Sanghakaya, o corpo da Sangha, e o Buda Maitreya à existência pelo simples ato de sentarmos juntos e praticarmos profundamente.
Portanto, o próximo Buda pode não assumir a forma de um indivíduo. No século XXI a Sangha pode ser o corpo do Buda. Temos o poder de trazer o próximo Buda à existência neste século. Se sentarmos juntos e praticarmos o olhar profundo, podemos trazer o Sanghakaya e o Buda à existência. Todos nós temos o dever de trazer esse Buda à existência, e não apenas por nosso próprio bem, mas pelo bem de nossos filhos e do planeta Terra. Isto não é auto-enganação ou excesso de otimismo; isto é uma real determinação.
Thich Nhat Hanh, Eu Busco Refúgio na Sangha – Um caminho espiritual
Essa postagem de hoje é dedicada ao meu pai, que hoje faz 6 meses que partiu para morar do "outro lado", aquele com mais Luz. E a nós, que ficamos aqui desse, temos constatado que saudade é um sentimento difícil de explicar mas que só aumenta a cada dia...
segunda-feira, 11 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Pensamentos, lembranças, indagações e indignações
Um dia, na padaria que usualmente frequento, vi no display de jornais e revistas uma foto que me chamou a atenção: era de uma mulher, com semblante de profundo sofrimento, tocando com uma das mão seu próprio rosto, com ar de incredulidade. Peguei o jornal para ler e ver a foto inteira. Na outra metade, estava no chão, a filha dessa mulher, morta, refém e vítima de terroristas em uma escola em Beslam, Rússia. A outra mão dessa mulher segurava essa menina.
Tive que me conter para não chorar ali no meio de outras pessoas. A menina tinha a idade aproximada da minha filha na época. Senti uma dor tão profunda, tão aguda, como se a dor de todas as mães do mundo que perderam seus filhos entrasse de uma vez em meu peito.
Sinto essa mesma dor hoje, ao saber do massacre na escola pública em Realengo, Rio. Muita, muita dor e indignação por tentar entender algo que não tem entendimento nem aceitação. Como é possível aceitar isso?
Existe tanta dor no mundo, tanto infortúnio, muitas vítimas, vários seres que se vão ou passam provações em catástrofes, tragédias diversas, doenças, enfim, parte do que chamamos o karma daquela pessoa. Mas violência? Qual é o aprendizado por trás disso? Como entender o porque dessas pessoas terem que passar por isso?
Dia 5 último fez um ano que tivemos nossa casa invadida por três assaltantes, e fomos feitos reféns por mais de uma hora sendo ameaçados de morte. E agora me diga: como aceitar que uma pessoa ponha um revólver na cabeça de minha filha e a ameace de morte para roubar bens materiais? Qual o valor da vida da minha filha para esse "ser"? Uma televisão? Dinheiro? Ou pra ele a vida não vale nada? Será que ele sabia do valor que a vida dela tem pra mim? Sabia do trauma que até hoje ronda nossas vidas?
Perdoar, já perdoei. Não porque sou uma pessoa boa, porque o perdão é um dos sentimentos mais egoístas no meu modo de ver. Você perdoa não pra ajudar somente a outra pessoa, mas para tirar aquele sentimento ruim de você. Mas aceitar, o que tem para aceitar? Todo santo dia me faço essa pergunta. Passou um ano e a resposta não apareceu.
Desculpa o desabafo. Mas não peço desculpas pela minha indignação!
Namaste
Que a Paz prevaleça no Mundo!
Tive que me conter para não chorar ali no meio de outras pessoas. A menina tinha a idade aproximada da minha filha na época. Senti uma dor tão profunda, tão aguda, como se a dor de todas as mães do mundo que perderam seus filhos entrasse de uma vez em meu peito.
Sinto essa mesma dor hoje, ao saber do massacre na escola pública em Realengo, Rio. Muita, muita dor e indignação por tentar entender algo que não tem entendimento nem aceitação. Como é possível aceitar isso?
Existe tanta dor no mundo, tanto infortúnio, muitas vítimas, vários seres que se vão ou passam provações em catástrofes, tragédias diversas, doenças, enfim, parte do que chamamos o karma daquela pessoa. Mas violência? Qual é o aprendizado por trás disso? Como entender o porque dessas pessoas terem que passar por isso?
Dia 5 último fez um ano que tivemos nossa casa invadida por três assaltantes, e fomos feitos reféns por mais de uma hora sendo ameaçados de morte. E agora me diga: como aceitar que uma pessoa ponha um revólver na cabeça de minha filha e a ameace de morte para roubar bens materiais? Qual o valor da vida da minha filha para esse "ser"? Uma televisão? Dinheiro? Ou pra ele a vida não vale nada? Será que ele sabia do valor que a vida dela tem pra mim? Sabia do trauma que até hoje ronda nossas vidas?
Perdoar, já perdoei. Não porque sou uma pessoa boa, porque o perdão é um dos sentimentos mais egoístas no meu modo de ver. Você perdoa não pra ajudar somente a outra pessoa, mas para tirar aquele sentimento ruim de você. Mas aceitar, o que tem para aceitar? Todo santo dia me faço essa pergunta. Passou um ano e a resposta não apareceu.
Desculpa o desabafo. Mas não peço desculpas pela minha indignação!
Namaste
Que a Paz prevaleça no Mundo!
quarta-feira, 6 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Constante recomeço
A primavera chegará
mesmo que ninguém
mais saiba seu nome
nem acredite no calendário
nem possua jardim
para recebê-la.
Cecília Meireles
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Começando por onde se deve começar
Nossa primeira tarefa como pacificadores é limpar nossos conflitos internos causados por ignorância, raiva, apego, ciúmes e orgulho.
Chagdud Tulku Rinpoche
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