Numa manhã, ao chegar, encontrou mil e duzentas pessoas que o esperavam, sentadas, para o ouvir falar. Sentou-se diante delas em silêncio e assim permaneceu por muito tempo. Finalmente, sempre em silêncio, mostrou-lhes uma flor. Ninguém compreendeu este gesto exceto uma pessoa que sorriu, percebendo que o que ele queria dizer é que não havia palavras que pudessem substituir a flor viva.
O Buda disse então: "Este é o verdadeiro caminho, e eu transmito-o a vocês".
Zen, o Budismo nas Terras do Japão, Anne Bancroft, Edições del Prado, Lisboa, 1997