segunda-feira, 6 de julho de 2009

A verdade sobre a natureza de Buda


"No que diz respeito à natureza de Buda, não existe diferença entre um homem iluminado e um ignorante. O que faz a diferença é que, enquanto um compreende isso, o outro o ignora."


Hui- neng (patriarca Zen)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Só tu...


Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o.


Nietzsche

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Saber treinar o coração

Com frequência ouvimos o ditado: "Siga o seu coração". Mas, tendo praticado e examinado todas as coisas que surgiram em meu coração, vi que enquanto algumas coisas eram boas e bonitas, muitas não eram tão nobres.


O coração não é sempre guiado por amor, bondade e compaixão; também é guiado por desejo, cobiça e raiva. Precisamos treinar o coração, não apenas segui-lo.




Joseph Goldstein, "A Heart Full of Peace"

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O caminho do coração


O caminho do coração é o caminho da coragem.

É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido.

É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser.

Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos.

A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido.

O perigo está presente, mas ela assumirá o risco.

O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador.

A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta.

O coração nunca calcula nada.



Osho

terça-feira, 30 de junho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Irmão, recorda isto, e alegra- te"




Irmão,
nada é eterno, nada sobrevive
Recorda isto, e alegra-te.

A nossa vida
não é só a carga dos anos.
A nossa vereda
não é só o caminho interminável.
Nenhum poeta tem o dever
de cantar a antiga canção.
A flor murcha e morre;
mas aquele que a leva
não deve chorá-la sempre…
Irmão, recorda isto, e alegra-te.

Chegará um silêncio absoluto,
e, então, a música será perfeita.
A vida inclinar-se-á ao poente
para afogar-se em sombras doiradas.
O amor há-de ser chamado do seu jogo
para beber o sofrimento
e subir ao céu das lágrimas…
Irmão, recorda isto e, alegra-te

Apanhemos, no ar, as nossas flores,
não no-las arrebate o vento que passa.
Arde-nos o sangue e brilham nossos olhos
roubando beijos que murchariam
se os esquecêssemos.

É ânsia a nossa vida
e força o nosso desejo,
porque o tempo toca a finados.
Irmão recorda isto, e alegra-te.

Não podemos, num momento,
abraçar as coisas,
parti-las e atirá-las ao chão.
Passam rápidas as horas,
com os sonhos debaixo do manto.
A vida, infindável para o trabalho
e para o fastio,
dá-nos apenas um dia para o amor.
Irmão, recorda isto, e alegra-te.

Sabe-nos bem a beleza
porque a sua dança volúvel
é o ritmo das nossas vidas.
Gostamos da sabedoria
porque não temos sempre de a acabar.
No eterno está tudo feito e concluído,
mas as flores da ilusão terrena
são eternamente frescas,
por causa da morte.
Irmão, recorda isto e alegra-te.



Rabindranath Tagore