Certa ocasião, Buda estava nas Montanhas dos Abutres, junto à cidade de Rajagriha. Num bosque próximo, um monge de nome Sona estava entregando-se à meditação. Aplicava-se bastante, mas, não conseguindo a Iluminação, sentiu-se um dia desnorteado e veio ter com Buda:
- Mestre, estou fazendo exercícios severíssimos. Dentre todos os discípulos, não há quem me iguale em zelo. Por que, então, não consigo obter a Iluminação? Talvez seja melhor que eu volte para casa. Tenho bens, que me permitem levar uma vida feliz. Não é melhor, pois, que eu abandone o Caminho e volte ao mundo?
Buda retrucou-lhe:
- Sona, antes de te tornares monge, eras um exímio harpista, não?
- Bem, eu tinha certa habilidade com esse instrumento.
- Então responde: quando as cordas da harpa estão muito tensas, obtém-se bom som?
- Não, Mestre.
- Quando as coradas estão bastante frouxas, obtém-se bom som?
- As cordas não devem estar nem tensas nem frouxas demais.
- O mesmo se dá com a prática do Dharma, Sona. Aplicação demasiada traz inquietação à mente, a folga demasiada traz negligência. É necessário seguir o Caminho Médio entre esses dois extremos.
Desde então, Sona passou a exercitar-se segundo tais instruções, obtendo por fim a Iluminação.
(Anguttara Nikaya 6:55; Zôagonkyo 9:30)
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Visão mística
“(...) O primeiro e o mais direto resultado do momento de iluminação é a crença na possibilidade de um caminho de conhecimento que se pode chamar revelação ou visão interna, ou intuição, em contraste com os sentidos, a razão e a análise, que são considerados como guias cegos que conduzem aos pântanos da ilusão. A concepção de uma Realidade para além do mundo das aparências e inteiramente diferente dele está intimamente ligada a essa crença. Olha- se esta Realidade com uma admiração que muitas vezes raia a adoração; ela é sentida como estando sempre e em toda a parte bem à mão, levemente velada pelos artifícios dos sentidos e pronta a brilhar em toda a sua glória para a mente receptiva, a despeito da aparente loucura e da malevolência dos homens. O poeta, o artista e o amante são buscadores dessa glória: a beleza assombrada que perseguem é a frágil reflexão do seu sol. Mas o místico vive na plena luz da visão: o que os outros procuram vagamente ele o sabe, com um conhecimento ao lado do qual todo o outro conhecimento é ignorância.”
Bertrand Russel, “Mysticism and Logic”
Bertrand Russel, “Mysticism and Logic”
quinta-feira, 18 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
dance, sing, love and live
segunda-feira, 15 de junho de 2009
voltei!!
"Você foi chamado, vai ser transmutado em energia
seu segundo estágio de humanóide hoje se inicia
fique calmo, vamos começar a transmissão
meu sistema vai mudar sua dimensão."
gilberto gil
quinta-feira, 11 de junho de 2009
hoje é o dia mais feliz da minha vida ~há 12 anos!!
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