quarta-feira, 6 de maio de 2009

Talvez


Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és

E desde então és
sou e somos...E por amor
Serei... Serás...Seremos...


Pablo Neruda

terça-feira, 5 de maio de 2009

Premio Top Blog


mais um conto Zen


- Mestre, a lua clara e tranquila brilha tão alto no céu!

- Sim, ela está muito longe!

- Mestre, ajude-me a me elevar até ela.

- Por quê? Não vem ela até ti?



in Os Melhores Contos Zen

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Os limites da tolerância

A tolerância poderia ser o primeiro passo em direção à compaixão. Trata-se de perdoar, de não guardar rancor. Trata-se de procurar compreender mais profundamente as motivações dos outros sem pagar o mal com o mal. A compaixão pode nascer sobre esta base. (...) Não penso que haja limites à nossa tolerância.

A via dos Bodhisattvas evolui em função da nossa capacidade. Até onde podemos ir? Se não nos arrependemos de dar um copo de água, damos um copo de água. Se não nos arrependemos de oferecer a nossa vida, podemos oferecê-la. Se tomarmos a tolerância como uma forma de paciência ela é sem limites. Convém, ainda assim, ter em consideração diversos fatores.


Se fazemos um grande sacrifício para um resultado mínimo, é melhor desistir. Ao inverso, se o nosso sacrifício é muito útil aos outros não há que hesitar. Seja como for, não devemos tolerar as ações negativas sejam as nossas, sejam dos outros.


Ringu Tulku

sexta-feira, 1 de maio de 2009

conselho

Se o ser que mais amo no mundo viesse me perguntar que escolha ele deve fazer, e qual é o refúgio mais profundo, mais inatacável e mais doce, eu lhe diria para abrigar seu destino no refúgio da alma que se aperfeiçoa.

Maeterlinck

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sutra do Louvor


Buda ensinou no Sutra do Louvor:

O fim da acumulação é a dispersão.
O fim da construção é o colapso.
O fim do encontro é a partida.
O fim da vida é a morte.


Para entender isso claramente, relaxe sua mente e observe de perto. Expanda sua atenção para um estado de abertura. Aceite o que surgir sem reagir emocionalmente. O que quer que aconteça faz parte dos processos naturais. Sem tentar manter ou remover nada, permita que os fenômenos surjam e se dissolvam.

Quando entendemos a natureza transitória dos fenômenos, ficamos motivados a fazer bom uso de nosso nascimento humano. Enquanto estamos vivos podemos usar esta forma preciosa para alcançar resultados que têm valor.

Khenchen Palden Sherab (Tibete, 1942 ~) e Khenpo Tsewang Dongyal (Tibete, 1950 ~) "Illuminating the Path"