- A arte genuína, afirmou o mestre, não conhece nem fim nem intenção.
Quanto mais obstinadamente o senhor se empenhar em aprender a disparar a flecha para acertar o alvo, não conseguirá nem o primeiro e muito menos o segundo intento.
O que obstrui o caminho é a vontade demasiadamente ativa.
O senhor pensa que o que não for feito pelo senhor mesmo não dará resultado.
(...)
- Então, o que devo fazer?
-Tem que aprender a esperar.
-Como se aprende a esperar?
-Desprendendo-se de si mesmo, deixando para trás tudo o que tem e o que é, de maneira que do senhor nada restará, a não ser a tensão sem nenhuma intenção.
trecho do livro A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen, de Eugen Herrigel