quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Assim é e que assim seja

"O Universo inteiro é uma família."

Rig Veda





terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Devoção

" É de fato dever servir o Yoga. E, servindo o Yoga ele nos serve. Agora, trabalhar Yoga somente pensando em si mesmo, pode ser muito frequente, muito aceito, mas eu acho que o Yoga que eu pratico é para beneficiar o mundo. Oferecer o fruto das ações a Deus. Servir. Yoga é servir. Agora, praticar o Yoga para me iluminar sem pensar no sofrimento que o mundo padece não é meu caso".

Professor Hermógenes

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Comer pela PAZ

Numa palestra sobre o consumo consciente, o monge e mestre budista Thich Nhat Hanh, fala sobre o quanto comer pode ser extremamente violento:

A UNESCO nos diz que 40.000 crianças morrem no mundo, diariamente, por falta de nutrição, por falta de comida. Quarenta mil crianças, diariamente! E o volume de grãos que cultivamos no ocidente é, em sua maior parte, usado para alimentar o gado criado para ser vendido como carne. 95% da aveia e 87% do milho produzidos nos Estados Unidos não é para consumo humano, mas para os animais criados para consumo. Isso representa o uso de 45% de toda a terra disponível no país.


Mais da metade da água consumida nos Estados Unidos é usada na criação de animais de corte. São necessários 2500 galões de água para produzir meio quilo de carne, mas apenas 25 galões para produzir meio quilo de trigo. Uma dieta totalmente vegetariana requer 300 galões de água por dia, enquanto que uma dieta à base de carne requer mais de 4000 galões de água por dia.


Criar animais para consumo, causa mais poluição da água que qualquer outra indústria nos Estados Unidos, porque os animais criados para consumo produzem 130 vezes mais excremento que o total da população humana. Isso significa 45.000 quilos por segundo. Muito dos dejetos advindos das fazendas de gado e matadouros são jogados ou fluem para dentro dos rios e córregos, contaminando as fontes de água limpa.

Nos Estados Unidos, os animais criados para consumo recebem como alimento 95% da aveia e 87% do milho cultivados. Estamos comendo o nosso país, comendo a nossa terra. E eu fiquei sabendo que mais da metade da população come em excesso!

Comer de forma consciente - mindful eating - pode ajudar a manter a compaixão em nosso coração. Uma pessoa sem compaixão não pode ser feliz, não pode relacionar-se com outros seres humanos e com outros seres vivos.

Uma segunda espécie de comida que consumimos diariamente são as impressões sensoriais, a comida que comemos com os olhos, os ouvidos, a língua, o corpo, a mente. Quando lemos uma revista, nós consumimos. Quando você assiste televisão, você consome. Quando você escuta uma conversa, você consome. E esses ítens podem ser bastante tóxicos. Podem existir muitos venenos, como desejos, violência, raiva e desespero. Nós nos permitimos sermos intoxicados quando consumimos em termos de impressões dos sentidos. E, da mesma forma, nós permitimos que nossas crianças também se intoxiquem.

E o que tem resultado é a nossa doença, o nosso ser-doente, nossa violência, nosso desespero. E, se você praticar o olhar em profundidade - meditação - você será capaz de identificar as fontes de nutrição, da comida que tem sido trazida para nós.

Portanto, toda a nação tem que praticar esse olhar profundo para a natureza do que se consome diariamente. E, o consumo consciente é a única maneira de proteger nossa nação, nós mesmos, nossa família e nossa sociedade. Temos que aprender o que produzir e o que não produzir, a fim de prover as pessoas apenas com aquilo que é nutritivo e curativo. Nós temos que evitar produzir aquilo que possa trazer guerra e desespero para o nosso corpo, para a nossa consciência, e para o corpo coletivo e para a consciência da nossa nação e da nossa sociedade.




fonte: extraído do blog Enzimato, a busca pela alimentação ideal



sábado, 31 de janeiro de 2009

Cuidados ao falar com Deus

"Certa vez Nasrudin estava sem um burrico que o ajudasse nos afazeres. Desesperado, sem ter meios de encontrar um, começou a orar, pedindo a Deus que lhe enviasse um burrico.

Rezou por algum tempo e, certo dia, ao andar por uma estrada, deparou-se com um homem montado num burrico e atrás estava um outro burrico mais jovem. Nasrudin aproximou-se do homem e este lhe disse:


- Mas que vergonha, eu estou trazendo um burrico de tão longe, estamos todos esgotados, e aqui está este homem descansado, sem fazer nada! E ameaçando-o com uma espada, completou:
- Vamos! Coloque o burrico nas suas costas e venha comigo até a próxima cidade!

Nasrudin, com medo, não disse nada. Simplesmente colocou o burrico em suas costas e seguiu o homem. Andaram por várias horas e Nasrudin estava exausto de tanto peso. Ao entardecer, chegaram na cidade mais próxima e o homem simplesmente fez Nasrudin descer o burrico das suas costas e seguiu adiante, sem sequer agradecer.

Então Nasrudin ergueu os olhos para o céu e disse:
- Está bem, Deus. Aprendi a lição. Da próxima vez serei mais específico…"


Mulla Nasrudin (conto sufi)




sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Bicicletada da Paz



Paz. É o de que mais precisamos nesse momento, tanto no mundo como em nossas casas. Janeiro foi um mês difícil: muitas perdas de inocentes, alguns do outro lado do planeta, outros bem na rua pertinho de nós. Por isso, a Bicicletada Paulistana de Janeiro busca celebrar a PAZ, resgatar a alegria que é se locomover de bicicleta e mostrar que um outro mundo é possível. Um mundo onde as ruas são de todos e existe a possibilidade de convivermos pacificamente, em Paz.

O local? O mesmo de sempre, Praça (ainda não sinalizada) do Ciclista, que fica no canteiro central da Avenida Paulista, entre as ruas da Consolação e Bela Cintra.

O horário? O mesmo de sempre, concentração a partir das 18:00 e saída às 20:00.

O trajeto? Como sempre, decidido na hora, mas sempre um trajeto que seja possível para toda a massa.

Apareça e confira. Em caso de chuva, a Bicicletada está automaticamente CONFIRMADA, pois quem pedala sabe que depois da tempestade vem o ar limpo, pelo menos por algumas horas.


Saiba mais: ::.

Bicicletada .::. Massa Crítica em São Paulo .::. :. sexta-feira (30/01):. concentração lúdico-educativa: 18h:.


Massa Crítica para humanizar o trânsito: 20h00Local: Praça do Ciclista ::.
Dicas e referências .::..::. panfletos e cartazes:.::. .
sobre a Praça do Ciclista:: . : . : .
Site da Bicicletada ::.
Sobre a Bicicletada .::.: . : . : . O que é a Bicicletada: . : . : . Massa crítica - wikipedia : . : . : . Fale com a Bicicletada

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Foco na respiração



inspire expire

"O ato de respirar deve ser executado conscientemente, com um cuidado beirando a afetação. Tanto a inspiração como a expiração precisam ser praticadas em separado e com a maior atenção. (…)

Com o passar do tempo, conseguimos nos insensibilizar para estímulos fortes e deles nos desprender com maior facilidade e rapidez. É importante, porém, que o nosso corpo, esteja em pé, sentado ou apoiado, permaneça o mais relaxado possível e concentrado na respiração. Rapidamente nos sentiremos isolados como que por um invólucro acústico. Assim, a única coisa que sabemos e sentimos é que respiramos, e para nos libertarmos desse saber e sentir não é necessária nenhuma decisão, pois a respiração irá, espontaneamente, ficando mais lenta, diminuindo cada vez mais o consumo de ar e, por conseguinte, prendendo cada vez menos a nossa atenção.

Infelizmente, esse agradável estado de recolhimento pode não ser duradouro, pois está arriscado a ser destruído: como que brotando do nada, surgem de repente estados de ânimo, sentimentos, desejos, preocupaçãoes e até pensamentos borrados uns com os outros que, quanto mais fantásticos, menos estão relacionados com aquilo pelo qual prescindimos de nossa consciência comum, tão mais obstinadamente nos dominam. É como se quisessem se vingar pelo fato de a consciência tocar esferas às quais comumente não chegam.

Mas essa perturbação é vencida se se continua respirando tranquila e serenamente, aceitando-se de maneira agradável o que acontece, acostumando-se à perturbação, aprendendo-se a contemplá-la com indiferença e, finalmente, cansando-se de acompanhá-la. Assim se imerge, pouco a pouco, num estado similar àquele relaxamento que precede o sono."



Eugen Herrigel, "A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen"