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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O dom do Amor


Love's gift cannot be given,
it waits to be accepted.
 
Rabindranath Tagore


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quando a saudade dói...


Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda.

 

Clarice Lispector



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz"

São Francisco fundou um novo humanismo, uma síntese feliz entre a ecologia exterior (cuidado para com todos os seres) e a ecologia interior (ternura, amor, compaixão e veneração). Ele que é novo, nós somos velhos, mesmo tendo vivido mais de 800 anos antes de nós.
Leonardo Boff

Minha admiração por Francisco de Assis, esse ser de luz, não está na sua condição de "santo", mas sim na sua dimensão humana de simplicidade e doação a todos os seres. Nunca conheci oração tão bonita e tocante como a que ele nos deixou...


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Autodomínio gentil"

Sempre que desejamos que a vida seja diferente do que é, somos pegos pela impaciência. Perdemos nosso senso de humor; e a auto-piedade, desespero e a atribuição de culpa se infiltram no coração.

O autodomínio gentil inclui o espírito do perdão. Quando sentimos um conflito com os outros, compreender seu sofrimento é o primeiro passo para sermos capazes de nos comunicar, perdoar e começar de novo.

A prática do perdão acontece quando conseguimos compreender a causa fundamental de nossa raiva e impaciência, e isso nos permite diferenciar entre a falta de habilidade no comportamento de alguém e a sua bondade essencial.

Serenidade e calma se desenvolvem assim que aprendemos a aceitar a imperfeição nos outros e em nós mesmos.


Michele McDonald, Tricycle’s Daily Dharma

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Compassivo com tudo e todos


A compaixão não é uma teoria. É um sentimento, uma experiência. Não é algo que possa ser adquirido nem é criada por qualquer processo bioquímico. A compaixão brota de forma imediata no momento em que nos deparamos diretamente com o sofrimento e percebemos a sina dos seres que, quase sempre, reagem de uma forma que apenas intensificará a sua trágica condição.
Uma qualidade natural, um aspecto de nossa verdadeira natureza, a compaixão está adormecida em nós e precisa ser despertada. Esse despertar é doloroso, pois nos obriga a contemplar a fundo o sofrimento de incontáveis seres. Sem entender o seu infortúnio, não podemos sentir compaixão. Mas, uma vez que tenhamos realmente compreendido o sofrimento, a compaixão começa a brotar sem que possamos impedi-la de fluir.
Por enquanto, a nossa compaixão é tendenciosa e restrita. Pensamos que algumas pessoas a merecem, outras não. A compaixão que sentimos pela família e pelos amigos, por exemplo, baseia-se em nosso apego por eles. Mas todos, por mais desorientados que estejam, merecem a nossa compaixão, e temos de expandi-la até que ultrapasse os limites do apego para abarcar a todos os seres, o tempo todo.


Chagdud Tulku Rinpoche, "Para abrir o coração"

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A real intenção por trás de cada ação

Fazer o bem, empreender ações virtuosas, resulta no incremento da felicidade geral e, consequentemente, do bem individual. Não é demais ressaltar que tal efeito é tanto maior quanto mais espontâneo e incontaminado for o gesto original. Não é o "tamanho" da ação, mas sua qualidade que importa.
Certas pessoas são capazes de grandes feitos, mas que, quando examinados em profundidade, revelam intenções particulares e mesquinhas. Por melhor que seja o efeito, não há tanto mérito.
Ainda há pouco, vi uma mulher saltar para impedir que seu filho matasse um inseto com uma almofada, mas, a preocupação era apenas não sujar a almofada e não salvar uma vida! Em contrapartida, às vezes, gestos ínfimos revelam puro amor e pura compaixão. Isso interessa: pequenos atos grávidos de méritos. Na vida, não importa quantas coisas maravilhosas você é capaz de realizar, mas, sim, quanto amor você é capaz de pôr em cada pequena coisa que realiza.

Enio Burgos, Escolhendo o Amanhã e as "Cinco Renúncias da Mente Alerta"

domingo, 17 de outubro de 2010

POWA ~ cerimônia da transferência de consciência

Hoje, domingo dia 17, participaremos da cerimônia denominada Powa no Centro Budista Mahabodi em intenção de meu pai e meu sogro. Existem alguns procedimentos antes dela, como acumulando mérito (como a prática da paciência diante de fatos que normalmente nos irritariam) e purificando negatividades em nome da pessoa que morreu. Outra preparação é recitar o maior número de vezes o Mantra da Compaixão OM MANI PADME HUM.
Estou com o coração leve e pleno de amor por eles, sem dor, sem tristeza...



"O Powa é uma cerimônia dedicada às pessoas que morreram nos últimos 49 dias. Neste mundo, milhares de pessoas e de animais morrem todos os dias das mais diferentes causas. Podemos ajudá-los imensamente fazendo preces para que tenham um renascimento afortunado. Geramos compaixão e rezamos por todos aqueles que morreram, independente de conhecê-los pessoalmente".

Extraído do site Centro Budista Mahabodi

Estamos vivos, portanto vamos morrer. Essa é a verdade mais simples e óbvia da nossa existência. Mas, ainda assim, poucos são os que aceitam esse fato. Planejamos nossa vida como se fôssemos viver para sempre e evitamos falar da morte achando que é mau agouro. Pode ser diferente. Buda nos ensina a viver uma vida feliz e significativa e nos prepara para morrer em paz. Se colocarmos seus ensinamentos em prática, além de nos ajudar, estaremos nos preparando para ajudar amigos e entes queridos que estão morrendo. Desse modo a morte pode se transformar numa experiência positiva.

Geshe Kelsang Gyatso, excerto do livro: "Viver significativamente, morrer com alegria", Editora Tharpa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Eu apenas queria que você soubesse"...


Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queria que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

Gonzaguinha



...mas eu sei que você já sabia.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Que seja com amor

Tem gente que entra na nossa vida de forma providencial e se encaixa naquela história que gosto de imaginar: surpresas que Deus embrulha pra presente e nos envia no anonimato. Surpresas que só sabemos de onde vêm porque chegam com o cheiro dele no papel. Acho maravilhoso perceber o quanto algumas vidas interagem com a nossa de um jeito tão mágico e bonito. Os milagres existem para quem tem olhos que sabem ver a sabedoria e a ludicidade amorosa próprias do que é divino. Do que transcende. Do que escapole da nossa lógica tantas vezes sem coração. Todo encontro que verdadeiramente nos toca é uma espécie de milagre num mundo de bilhões de seres humanos. Algumas pessoas a gente nem imaginava que existiam, mas, meu Deus, que agrado bom é para a alma descobrir que vivem. Que estão por aqui conosco. Pessoas que fazem muita diferença na nossa jornada, com as quais trocamos figurinhas raras para o nosso álbum.

Nós também fazemos diferença para muita gente. Não estamos isolados nos nossos corpos como muitas vezes sentimos ou, por medo, talvez preferíssemos. Nossos gestos afetam outras tantas pessoas, conhecidas ou não. Fazemos parte de uma rede tecida por fios sutis de interdependência. Agora, neste instante, existem vidas sendo tocadas, de formas até inimagináveis, pela sua, pela minha. Toda vida é muita vida: ela e tudo o que abraça com os seus longos braços de energia. Se fazemos diferença, que seja com amor. É ele, sempre ele, que faz a diferença mais linda.

Ana Jácomo, excerto do texto "Preciosidade" 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

E eis que "a indesejada das gentes" chegou mesmo


Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

Manuel Bandeira, "Consoada"


Precisava de ajuda para falar da morte, da 'indesejada das gentes'. Pedi então a um dos meus poetas preferidos, que com ela conviveu a vida toda.
A indesejada das gentes é a única certeza que temos, e ainda assim parece que não faz parte da nossa vida. Vamos vivendo, que bom, é assim mesmo que tem que ser, só que de repente ela passa a nos mostrar sua face, passa a ser a aguardada das gentes, a anunciada. Começamos então a preparar a casa, colocar cada coisa em seu lugar para esperar sua chegada. Mas, aí está o engano do poeta, a gente percebe que nunca conseguimos terminar as tarefas, sempre faltará algo, mais uma data festiva juntos, mais um beijo, um abraço, uma conversa, um 'eu te amo'. Mal dá tempo para a despedida, e o adeus não é dito, somente o até logo. É assim que tem que ser, até logo, pois um dia haverá um reencontro, e o adeus não faria sentido mesmo.
Só que essa indesejada, ou a anunciada, dessa vez, sei lá se andava muito atarefada, passou para fazer uma visita em dose dupla. Primeiro foi uma pessoa querida, a quem aprendi a amar e respeitar como um segundo pai. E aí quase que no dia seguinte, levou meu amado pai também. Quase, deu um fôlego de pouco mais de um mês para talvez se mostrar um pouco piedosa. Mas não falhou, e veio buscá-lo também.
Tentar fazer uma homenagem a eles seria muito pouco comparado ao que eles merecem, nem me arrisco. E além de tudo que eles nos ensinaram, fica mais isso, o aprendizado de transformar a dor da perda em somente saudade.
Minha promessa comigo mesma sempre será de falar deles no presente, nunca no passado. Difícil colocar esse sentimento em palavras, nisso a sabedoria do dito popular é a que melhor cabe no momento: "Deus sabe o que faz e a gente não sabe o que diz".

O amor é eterno.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Amando todos os seres



A devoção real consiste em perceber a forma bendita de Deus em cada ser vivo e, em consequência servi-lo.

Amma

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sobre a Bondade



A Bondade em palavras cria confiança;
a Bondade em pensamento cria profundidade;
a Bondade em dádiva cria amor.

 Lao-Tsé

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Saudade

Também sentimos saudades do que não existiu e dói bastante.



Carlos Drummond de Andrade
 
 
 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O sopro da esperança



Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.


Ana Jácomo

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Verdadeira oração


Na verdadeira oração não há nada para pedir, nada para exigir, nenhuma sugestão.
A oração verdadeira é uma entrega sincera.

Amma

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um período de ausência



Que a maneira mais absoluta
de aceitar alguém ou alguma coisa
seria justamente não falar,
não perguntar - mas ver.
Em silêncio.

Caio Fernando Abreu



Essa é a 408a. postagem desse blog, em quase dois anos de existência. Estar aqui compartilhando toda essa sabedoria é algo que nutre duplamente meu espírito. Não teria palavras tão profundas e sábias para descrever o que tenho aprendido com ele. E a bem da verdade, a minha dedicação em postar aqui em nada se compara ao que tenho recebido em troca.

Isso tudo é para tentar explicar que estarei por algum tempo sem alimentar esse espaço. Não conseguiria dizer por quanto, pois estou me ausentando por conta de coisas que é preciso viver, coisas que nessa vida estão reservadas a nós. Coisas do destino, do karma, da nossa missão aqui.

Estou levando na minha 'bagagem' esses ensinamentos todos contidos nessas 408 postagens e tantos outros colhidos ao longo da vida para apoiar e confortar pessoas que amo e a mim mesma também. É para esses momentos que nos preparamos com tudo isso que acreditamos, estudamos. Para colocar em prática, e não carregar somente como um fardo, que ao invés de fazer você caminhar leve, torna a jornada pesada.

Convido você a reler as postagens antigas. Talvez elas façam um sentido diferente do que da primeira vez que você as leu. E mais uma vez quero agradecer a sua companhia, o seu carinho de passar sempre por aqui.

Estarei o quanto antes de volta, prometo, mas já sentindo saudades...

Namaste
Sandra

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Conexão completa



If you have this extraordinary thing going in your life, then it is everything: then you become the teacher, the disciple, the neighbour, the beauty of the cloud - you are all that, and that is love.

 J. Krishnamurti


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cada um, um passarinho


Tem uma fábula, ou estorinha infantil, não sei ao certo, com a qual me identifico muito. Vou contar do meu jeito:

Houve certa vez um grande incêndio na floresta. Todos os animais começaram a fugir, tratando de salvar suas próprias vidas. Seguiam sem titubear o poderoso Leão,  rei dos animais, que deparou-se na sua correria com um passarinho que levava uma gotinha d'água em seu bico em direção ao incêndio.

O leão então perguntou ao passarinho:
- Pobre passarinho, o que você está tentando fazer? Você acha mesmo que vai, gotinha por gotinha, apagar esse imenso incêndio na floresta?

Ao que respondeu o passarinho:
- Eu sei que não, Sr. Leão...é que eu só estou fazendo a minha parte!

Nesse último domingo, no momento do discurso da idealizadora e promotora do evento "Yoga pela Paz", Marcia de Lucca, essa fábula me veio à cabeça. Não quero me arriscar a tentar repetir literamente suas palavras, mas o que compreendi dele foi isso, que não mudaremos ou faremos que a paz prevaleça no mundo com um evento anual localizado em uma pequena parte desse planeta. Mas que ali, as sementes estão sendo plantadas, as consciências estão se expandindo e novas possibilidades estão sendo vislumbradas.

Olhei em volta de mim e vi muitos e muitos passarinhos, cada qual com sua gotinha no bico. Fiquei feliz, pensando que fora do meu campo de visão e do meu conhecimento também estão outros e mais outros, todos fazendo cada qual sua parte.

Que a paz prevaleça no mundo, a partir dos nossos corações!

Namaste _/|\_

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O poder da Unidade

A humanidade tem de acordar, escutar, ouvir, ver esse universo autoconsciente. Existem duas fortes tendências: uma nos leva a estados de ser cada vez mais condicionados, a outra nos leva para um lado mais criativo.

Nesta idade tão materialista, o condicionamento que nós recebemos é muito intenso.

Quanto mais condicionados ficamos, mais distantes estaremos da realidade quântica. Daí a criatividade e o amor serem muito importantes, pois são forças unificadoras que nos levam de volta à unidade.

Até que a gente sinta a força e o poder da unidade, dizer que o universo autoconsciente é pura falação. Assim, só se consegue usar essa ideia para ganhar dinheiro, sem resultar em nenhuma transformação de ninguém.

Ao perceber que a realidade é uma coisa só, aí sim conseguiremos nos transformar. E a nossa vida se tornará feliz, criativa, amorosa. Com a nossa transformação individual começará a haver uma transformação coletiva, mundial.


Amit Goswami

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Acenda a Luz...


Existe apenas um praticante do mal no planeta: a inconsciência humana. Compreender isso é o caminho para o perdão. Quando perdoamos, nossa identidade de vítima se dissipa e nossa verdadeira força se manifesta - a força da presença. Portanto, em vez de culpar a escuridão, acenda a luz.


Eckhart Tolle